Fórum Econômico Mundial absolve Klaus Schwab e nomeia Larry Fink como co-presidente

Após investigação, fundador do WEF é inocentado de irregularidades; liderança do conselho será assumida interinamente por Larry Fink e Andre Hoffmann

Bloomberg

Klaus Schwab faz discurso de boas-vindas na 55ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, Suíça
21/01/2025
REUTERS/Yves Herman
Klaus Schwab faz discurso de boas-vindas na 55ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, Suíça 21/01/2025 REUTERS/Yves Herman

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O Fórum Econômico Mundial (WEF) absolveu Klaus Schwab de “irregularidades materiais” após uma revisão conduzida por um escritório de advocacia sobre possíveis condutas impróprias do fundador da instituição.

O órgão também anunciou que Larry Fink, da BlackRock, e Andre Hoffmann, vice-presidente da Roche Holding, assumirão interinamente a liderança do conselho de curadores do WEF como co-presidentes, conforme comunicado divulgado na última sexta-feira. O presidente interino Peter Brabeck-Letmathe está deixando o cargo.

“Após uma análise minuciosa de todos os fatos, o Conselho concluiu que, embora a organização precise evoluir para um modelo mais institucional, não há evidências de irregularidades materiais por parte de Klaus Schwab”, afirmou o comunicado.

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O conselho também declarou que não há evidências de má conduta por parte de Hilde Schwab, esposa de Klaus.

O anúncio encerra uma disputa entre o fundador da icônica instituição e seu conselho, desencadeada por reportagens sobre possíveis irregularidades envolvendo Klaus Schwab.

Schwab renunciou abruptamente ao WEF em abril, após surgirem as alegações, o que provocou o conflito. A entidade iniciou uma investigação para examinar diversas acusações, incluindo o uso dos recursos do fórum para fins pessoais pelo fundador, então com 87 anos.

A disputa se intensificou quando Schwab acusou o conselho do WEF de vazar detalhes da investigação à imprensa, dificultando um acordo entre as partes.

“Irregularidades menores, decorrentes de linhas tênues entre contribuições pessoais e operações do Fórum, refletem um compromisso profundo, e não intenção de má conduta”, afirmou o WEF, comprometendo-se a aprimorar sua governança.

Fink e Hoffmann já integravam o conselho do WEF. O evento principal da organização, a reunião anual em Davos, tornou-se um encontro indispensável para banqueiros, empresários e políticos ao longo das décadas. A próxima edição está marcada para janeiro de 2026.

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“Permanecemos otimistas. O Fórum tem a oportunidade de impulsionar a colaboração internacional de forma a gerar prosperidade e distribuí-la de maneira mais ampla”, disseram Fink e Hoffmann em comunicado conjunto.

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