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A polícia da Catalunha reabriu as investigações sobre a morte de Isak Andic, fundador da rede espanhola Mango, após novas evidências levantarem a hipótese de homicídio. O empresário, um dos maiores nomes do setor de moda europeu, morreu em dezembro de 2024, aos 71 anos, ao cair de uma montanha em Montserrat, próxima a Barcelona. O caso, até então, era tratado como um acidente.
Segundo o jornal El País, o caso ganhou novo rumo depois que Jonathan Andic, filho mais velho do bilionário e única pessoa presente durante a caminhada em que ocorreu a queda, passou de testemunha a suspeito formal. O jornal relata que ele teria apresentado versões contraditórias à polícia, o que motivou a mudança de status.
Em comunicado à imprensa, o Superior Tribunal de Justiça da Catalunha confirmou que o inquérito segue sob sigilo e ainda não há denúncia formal, mas que as investigações prosseguem sob comando das autoridades locais.
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Suspeitas sobre relação familiar
A golfista Estefanía Knuth, que mantinha um relacionamento com Isak Andic, relatou à polícia que pai e filho tinham um histórico de desavenças. A informação foi reforçada pelo jornal La Vanguardia, que acrescenta que o celular de Jonathan está sendo periciado em busca de indícios que ajudem a esclarecer o caso.
A família Andic divulgou nota dizendo confiar na Justiça e reiterando “a inocência de Jonathan”, pedindo que o caso seja concluído rapidamente. A Mango, empresa fundada por Isak, ainda não comentou o assunto.
O império da Mango
Nascido em Istambul, em uma família judaica sefardita que migrou para a Espanha nos anos 1960, Isak Andic fundou a Mango em 1984, transformando-a em uma das marcas mais conhecidas do mundo. O grupo hoje conta com 2.700 lojas em mais de 110 países e 16 mil funcionários, competindo diretamente com gigantes como a Zara.
Com campanhas estreladas por Kate Moss, Penélope Cruz e Antoine Griezmann, a Mango consolidou o estilo espanhol de moda acessível e veloz, o chamado fast fashion.
Andic, que em 2023 transferiu parte do controle da empresa a seu braço direito, Antonio Ruiz, tinha uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 4,5 bilhões. Agora, sua morte, antes tratada como uma tragédia acidental, tornou-se um dos casos mais enigmáticos e delicados do empresariado europeu.