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Uma conta de Instagram atribuída à família da turista brasileira Juliana Marins informou, nesta terça-feira (24), que a jovem foi encontrada morta na Indonésia. Juliana estava desaparecida desde o fim de semana, quando sofreu uma queda durante um passeio no Monte Rinjani, um dos vulcões ativos da ilha de Lombok, destino turístico popular no país asiático.
“Com imenso pesar, comunicamos que a Juliana foi encontrada sem vida”, diz a publicação feita no perfil “@julianamarinsdesaparecida”, criado para centralizar informações sobre as buscas. A postagem ainda agradece as mensagens de apoio e as mobilizações de amigos e desconhecidos nos últimos dias.
Terreno íngreme e clima hostil desafiaram o resgate
As operações de resgate enfrentaram condições extremas. A região é marcada por terreno íngreme, forte neblina que reduz a visibilidade e pedras escorregadias causadas pelo sereno. O local exato onde Juliana estava — a cerca de 500 metros de profundidade em um penhasco — tornou o acesso extremamente difícil, mesmo para equipes especializadas.
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Nos dois primeiros dias, drones com sensores térmicos foram usados, mas sem sucesso. Juliana só foi localizada na manhã de segunda-feira (23), ainda com sinais de vida, embora imóvel. Informações iniciais de que ela havia recebido suprimentos foram desmentidas por sua irmã, Mariana Marins.
Na terça-feira (24), um helicóptero levou ao local uma equipe especial de resgate da Basarna, a agência nacional de busca e salvamento da Indonésia. A complexidade da operação impediu que cordas fossem utilizadas de forma eficaz, devido ao desnível e das condições meteorológicas adversas.
“Escorregando” montanha abaixo
Juliana caiu de uma altura de cerca de 300 metros após tropeçar durante a trilha. Segundo relatos da família, ela ainda conseguia mover os braços e olhar para cima, mas seu corpo escorregava lentamente pela encosta. Um drone chegou a localizá-la 500 metros abaixo da trilha, aparentemente imóvel. No entanto, parentes desmentem que ela tenha permanecido exatamente nesse ponto desde então.
Família enfrenta obstáculos para acompanhar resgate
O pai da jovem, Manoel Marins Filho, teve dificuldades para chegar à Indonésia. Ele ficou retido no aeroporto de Lisboa devido ao fechamento do espaço aéreo do Catar, uma das rotas usadas por voos com destino ao Sudeste Asiático.
Juliana era dançarina profissional de pole dance e, segundo amigos, realizava o “sonho de viajar pela Ásia”. O Itamaraty informou que acompanha o caso por meio da embaixada brasileira em Jacarta e presta assistência à família.