EUA e El Salvador anunciam troca de prisioneiros com Venezuela

Acordo resultou na libertação de dez americanos detidos na Venezuela e de centenas de presos políticos venezuelanos em El Salvador, em uma negociação considerada complexa pelos envolvidos

Estadão Conteúdo

Guardas prisionais salvadorenhos escoltam supostos membros da gangue venezuelana Tren de Aragua e da gangue MS-13 recentemente deportados pelo governo dos EUA 
31/03/2025
Secretaria de Imprensa da Presidência/Divulgação via REUTERS
Guardas prisionais salvadorenhos escoltam supostos membros da gangue venezuelana Tren de Aragua e da gangue MS-13 recentemente deportados pelo governo dos EUA 31/03/2025 Secretaria de Imprensa da Presidência/Divulgação via REUTERS

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Dez cidadãos americanos que estavam detidos na Venezuela foram libertados após um acordo que envolveu os governos dos Estados Unidos, de El Salvador e o regime venezuelano. A troca também incluiu a libertação de todos os “presos políticos venezuelanos” que estavam em prisões americanas no território salvadorenho.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou em suas redes sociais que “graças à liderança do presidente Donald Trump dez americanos detidos na Venezuela estão a caminho da liberdade”. Ele agradeceu ao Departamento de Estado e ao presidente salvadorenho, Nayib Bukele, que ajudou a garantir o acordo para a libertação dos americanos e dos prisioneiros políticos venezuelanos, segundo ele.

Bukele, por sua vez, informou que El Salvador entregou todos os venezuelanos que estavam presos no país, acusados de fazer parte do grupo criminoso Tren de Aragua. “Muitos enfrentam múltiplas acusações de assassinato, roubo, estupro e outros crimes graves” escreveu. Segundo ele, o acordo de troca já havia sido oferecido ao governo venezuelano em abril. Segundo a Reuters, o governo da Venezuela confirmou que 252 venezuelanos foram liberados.

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Os libertados americanos estão “a caminho de El Salvador, onde farão uma breve parada antes de seguir viagem para casa”, disse Bukele. Ele afirmou que a negociação foi difícil, porque o regime venezuelano “há muito se recusava a libertar um de seus ativos mais valiosos: seus reféns”. Segundo o presidente salvadorenho, o acordo só foi possível graças “aos incansáveis esforços” dos governos dos EUA e El Salvador.