EUA acusam suspeito de tentar matar Trump de tentativa de assassinato

"O Departamento de Justiça não tolerará violência que atinja o coração da nossa democracia”, disse o procurador-geral Merrick Garland

Reuters

Rifle SKS que teria sido usado em aparente tentativa de assassinato do  ex-presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Divulgação via Reuters)
Rifle SKS que teria sido usado em aparente tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Divulgação via Reuters)

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O homem acusado de ficar de tocaia com um rifle no campo de golfe de Donald Trump na Florida foi indiciado nesta terça-feira sob acusação de tentativa de assassinato de candidato político, disseram promotores federais.

Ryan Routh, de 58 anos, já enfrentava duas acusações relacionadas a armas depois de as autoridades dizerem que ele apontou um rifle através de uma cerca no clube de golfe de Trump em West Palm Beach, Flórida, no dia 15 de setembro, enquanto o candidato presidencial republicano jogava golfe. Ele irá permanecer preso enquanto aguarda julgamento.

“O Departamento de Justiça não tolerará violência que atinja o coração da nossa democracia, encontraremos e responsabilizaremos aqueles que a perpetram. Isso deve parar”, disse o procurador-geral Merrick Garland em comunicado.

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Segundo o Departamento de Justiça, um grande júri federal em Miami apresentou a acusação no final da tarde desta terça-feira. A acusação de tentativa de assassinato tem como pena máxima a prisão perpétua.

O caso foi designado para a juíza distrital dos EUA, Aileen Cannon, que em julho havia arquivado um caso criminal que acusava Trump de manter ilegalmente documentos classificados após deixar o cargo.

Routh ainda não apresentou defesa. Seus advogados tentaram, sem sucesso, obter sua liberação sob fiança.

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Promotores revelaram nos últimos dias evidências que apontam, segundo eles,  para um plano para matar Trump. Eles alegam que meses antes do incidente, Routh entregou uma carta a uma pessoa não identificada aludindo a “uma tentativa de assassinato de Donald Trump”.

Eles disseram que Routh passou um mês no sul da Flórida e dados da rede de seu celular o mostraram próximo ao campo de golfe e à residência de Trump em Mar-a-Lago.

Ele foi encontrado com uma lista manuscrita de datas e locais onde Trump havia falado ou iria aparecer, afirmam documentos judiciais.

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Um agente do Serviço Secreto dos EUA, que patrulhava o campo de golfe antes da chegada de Trump, abriu fogo depois de ver a arma atravessando a cerca, o que fez Routh fugir, segundo os promotores.

Ele foi preso dentro de uma hora em uma rodovia da Flórida. Routh foi inicialmente acusado de posse de arma de fogo como criminoso condenado e posse de arma de fogo com número de série destruído.