Espanha nomeia novo embaixador na Argentina após polêmica sobre esposa de Sánchez

Nomeação põe fim a uma crise diplomática de cinco meses, após Milei ter ofendido a esposa do premiê espanhol, Pedro Sánchez, chamando-a de "corrupta"

Reuters

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e sua esposa, Begoña Gómez, no Festival de Cinema de San Sebastián - 26/09/2024 (Foto: Vincent West/Reuters)
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e sua esposa, Begoña Gómez, no Festival de Cinema de San Sebastián - 26/09/2024 (Foto: Vincent West/Reuters)

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Madri (Reuters) – A Espanha nomeou um novo embaixador em Buenos Aires nesta terça-feira (29), cinco meses após ter retirado seu enviado em uma disputa diplomática por comentários depreciativos do presidente argentino, Javier Milei, sobre a esposa do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Sem se referir diretamente ao incidente, os ministérios das Relações Exteriores de Espanha e Argentina prometeram, em uma declaração conjunta, “fortalecer nosso relacionamento para que ele atinja o nível máximo de confiança e respeito mútuo em termos políticos e institucionais que nossos povos merecem”.

Em maio, falando em um comício em Madri organizado pelo partido de extrema direita Vox, Milei chamou a esposa de Sánchez, Begoña Gómez, de “corrupta” e depois se recusou a pedir desculpas, levando a Espanha a anunciar a retirada de seu embaixador para “defender a dignidade e a soberania das instituições espanholas”.

Essa ação é uma medida diplomática considerada um passo a menos do que o rompimento de laços diplomáticos.

Em uma entrevista coletiva após a reunião semanal do gabinete nesta terça-feira, que aprovou a nomeação de Joaquin Laborde como novo embaixador, a porta-voz do governo espanhol, Pilar Alegria, não quis dizer se Milei acabou se desculpando.

Gómez tem sido objeto de uma investigação judicial em andamento em Madri sobre acusações de tráfico de influência e corrupção empresarial em um curso de mestrado universitário que ela dirigia.

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Sánchez negou repetidamente as acusações contra ela, dizendo que eram infundadas e orquestradas por adversários políticos de direita. Ela não foi acusada de nenhum crime.

A Argentina manteve seu embaixador em Madri durante esse período.