Embaixador do Brasil em Israel não deve voltar ao posto, diz Celso Amorim

Frederico Meyer foi chamado de volta ao Brasil em fevereiro em repúdio ao sermão público que o chanceler israelense deu no embaixador

Equipe InfoMoney

Assessor presidencial brasileiro Celso Amorim chega a um evento no Centro Cultural Kirchner (CCK) como parte da visita oficial do Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva a Buenos Aires para participar de uma reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos em 23 de janeiro de 2023 em Buenos Aires, Argentina (Getty Images)

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Celso Amorim, assessor especial da Presidência, afirmou nesta sexta (23) que Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel, não deve voltar ao posto.

O embaixador brasileiro em Tel Aviv foi chamado de volta ao Brasil em fevereiro em repúdio ao sermão público que Israel Katz, chanceler israelense, deu em Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém.

O governo brasileiro considerou que o gesto de Israel foi inaceitável. “Não havia alternativa, nosso embaixador foi humilhado. Acho que ele não volta. Se vai outro, não sei. Mas ele não volta. Ele foi humilhado pessoalmente e, com isso, o Brasil foi humilhado”, disse Amorim durante agenda oficial em Pequim.

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Os atritos na relação entre Brasil e Israel começaram após Brasília condenar a resposta israelense aos ataques de 7 de outubro do Hamas. A animosidade entre os países cresceu após o presidente Lula comparar a ação militar de Israel aos assassinatos de judeus promovidos pelos nazistas na Alemanha.

As falas do presidente brasileiro fizeram o chanceler israelense convocar Meyer para uma reunião no Museu do Holocausto, em Jerusalém. Mas o que era para ser um encontro fechado acabou sendo uma repreensão pública, em frente às câmeras e jornalistas, com Israel Katz dizendo que Lula era “persona non grata” em Israel.