Publicidade
Num piscar de olhos, uma das joias mais icônicas da era imperial francesa foi roubada do Museu do Louvre. A coroa da imperatriz Eugénie de Montijo foi levada em um assalto relâmpago e cinematográfico na manhã deste domingo (19), mas depois recuperada pela polícia francesa.
Quem foi a imperatriz Eugénie
Eugénie de Montijo, nascida em Granada, Espanha, em maio de 1826, tornou-se imperatriz da França em 1853, após casar-se com Napoleão III. Mais do que consorte, foi figura política e cultural de peso, chegando a governar interinamente o país durante viagens do imperador.
Reconhecida por seu estilo refinado, ditou moda em toda a Europa com penteados, vestidos e acessórios copiados em cortejos e bailes. Sua influência transformou o termo “à l’impératrice” em sinônimo de sofisticação. Ela encaixava com a era de glamour e poder do império, usando sua imagem para reforçar simbolicamente o regime. A coroa que foi roubada era parte desse visual de poder.
Continua depois da publicidade
A queda do Segundo Império, em 1870, após a derrota da França na Guerra Franco-Prussiana, levou Eugênia ao exílio. A antiga soberana passou seus últimos anos entre a Inglaterra e a Espanha, onde morreu em 1920. Apesar da distância do poder, manteve-se como símbolo de elegância e resiliência, eternizada não apenas nos registros históricos, mas também nas joias que carregavam o peso do regime imperial.

Por que a coroa importa?
A coroa da imperatriz não era apenas um adorno: era símbolo material de poder, elegância e da ambição imperial. Após o roubo, ela foi encontrada danificada após ser arremessada para fora do prédio pelos ladrões.
Confeccionada em 1855 para a Exposition Universelle de Paris, sob encomenda da imperatriz, ela é feita de ouro cravejado de diamantes e esmeraldas, com motivos de águias e palmetas.
Partilhava espaço na famosa galeria dos tesouros do Louvre com as joias da coroa francesa, um legado histórico que atravessa regimes.
Mais do que ouro, diamantes e esmeraldas, a coroa representa o esplendor de um regime que buscava afirmar poder e legitimidade em plena modernidade europeia. Sua exposição no Louvre não é apenas para turistas encantados, mas também um lembrete material da história francesa.