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A Justiça da Argentina rejeitou nesta quarta-feira (11) o pedido do Ministério Público para a prisão imediata da ex-presidente Cristina Kirchner, condenada a seis anos de prisão por corrupção.
Kirchner tem agora um prazo de até quatro dias para se apresentar voluntariamente às autoridades, conforme determinação da Suprema Corte do país.
A decisão da Suprema Corte, anunciada na terça-feira (10), confirmou a condenação da ex-presidente, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, e determinou sua inelegibilidade vitalícia.
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A corte também estabeleceu um prazo de até cinco dias para que Kirchner se entregue, mas a promotoria havia solicitado prisão imediata, alegando risco de fuga.
Com mais de 70 anos, Cristina Kirchner pode solicitar o cumprimento da pena em regime domiciliar, pedido que seus advogados já apresentaram e que ainda aguarda decisão judicial.
Em discurso para apoiadores após a sentença, a ex-presidente afirmou ser vítima de uma perseguição política e criticou duramente os juízes responsáveis pela condenação, além do atual governo de Javier Milei.
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A condenação está relacionada a um esquema de corrupção envolvendo o empresário Lázaro Báez, amigo da família Kirchner, acusado de superfaturar obras públicas e repassar parte dos recursos para a ex-presidente e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner.
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O caso teria causado um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Cristina Kirchner nega todas as acusações e afirma que o processo foi conduzido com sentença pré-definida.
A rejeição do recurso pela Suprema Corte impede que ela concorra às eleições legislativas de setembro, nas quais pretendia disputar uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires.