Combates entre Hamas e Israel continuam e número de mortos em Gaza passa de 22.000

Cerca de 207 palestinos foram mortos e 338 ficaram feridos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza

Reuters

Helicópteros israelenses dirigem-se à fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza, em 09/10/23 (Foto: Amir Levy/Getty Imagens)
Helicópteros israelenses dirigem-se à fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza, em 09/10/23 (Foto: Amir Levy/Getty Imagens)

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JERUSALÉM/CAIRO/GAZA (Reuters) – Israel afirmou nesta terça-feira que suas tropas mataram dezenas de militantes no norte da Faixa de Gaza no último dia, enquanto seus aviões e tanques intensificaram os ataques no sul do enclave palestino.
Moradores disseram que também houve combates pesados nas áreas centrais, citando bombardeios de tanques israelenses em partes do campo de refugiados de Al-Bureij.
Cerca de 207 palestinos foram mortos e 338 ficaram feridos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, elevando o total de mortes palestinas registradas para mais de 22.000 em quase três meses de guerra no enclave governado pelo Hamas.
Os mais recentes combates ocorreram depois que Israel anunciou planos de retirada de algumas tropas, sinalizando uma nova fase na guerra contra o Hamas, em meio à preocupação global com a situação dos residentes de Gaza.
Os bombardeios israelenses reduziram grande parte do território a escombros e envolveram seus 2,3 milhões de habitantes em um desastre humanitário no qual muitos ficaram desamparados e ameaçados pela fome devido à falta de alimentos. As autoridades israelenses dizem que a ofensiva tem muitos meses de duração.
Em seu briefing diário, os militares israelenses disseram que, no último dia, suas forças tiveram como alvo militantes na Cidade de Gaza, no norte do enclave, e em locais não especificados ao longo da costa do Mediterrâneo.
“Na área de Jabaliya, as tropas mataram dezenas de terroristas, entre eles aqueles que tentavam plantar dispositivos explosivos, outros que operavam drones e aqueles que estavam armados dirigindo-se às forças”, disseram os militares.
As tropas também apreenderam armas e desmantelaram lançadores de foguetes em Khan Younis, no sul, e em uma escola das Nações Unidas em Al-Bureij, segundo os militares israelenses.
BOMBARDEIOS
Moradores de Gaza disseram que os aviões e tanques de guerra israelenses intensificaram os bombardeios nas áreas leste e norte de Khan Younis, onde dezenas de milhares de palestinos deslocados buscaram refúgio depois de serem forçados a deixar suas casas em outras partes do território densamente povoado.
Em outro sinal de que a guerra está se espalhando para além das fronteiras de Gaza, os soldados israelenses que faziam uma incursão na Cisjordânia ocupada mataram quatro militantes armados que haviam disparado contra eles de uma casa no vilarejo palestino de Azzun, segundo os militares.
Uma autoridade israelense disse que a situação na fronteira com o Líbano, onde as forças israelenses e os combatentes libaneses do Hezbollah trocam tiros de artilharia quase que diariamente, não poderia continuar.
“Esse período de seis meses que se aproxima é um momento crítico”, afirmou a autoridade.