Colonos israelenses atacam aldeia palestina após morte de adolescente

Jovem de 14 anos estava desaparecido desde sexta-feira e seu corpo foi encontrado hoje; em represália, colonos incendiaram casas e carros e praticaram agressões; um palestino morreu, segundo as informações

Roberto de Lira

Colonos israelenses em busca de jovem que foi encontrado morto na área próxima à vila de al-Mughayyer - 13/04/2024 (Reuters /Mohammed Torokman)

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Enquanto as forças israelenses mantêm a pressão sobre Gaza e foguetes do Hamas e do Hezbollah ainda são disparados contra Israel, as regiões de assentamentos judeus na Cisjordânia enfrentam dias tensos.

O corpo de um adolescente israelense que estava desaparecido desde a sexta-feira foi encontrado hoje por colonos, que revidaram atacando uma aldeia palestina próxima.

Segundo a Reuters, enquanto os militares israelenses procuravam por Benjamin Achimeir, de 14 anos, colonos judeus na área entraram no vilarejo, incendiaram casas e carros e agrediram os moradores. Um palestino foi morto no tumulto, embora não tenha ficado claro se ele foi baleado pelas forças israelenses ou por colonos.

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O site do jornal The Times of Israel disse que autoridades de saúde palestinas calcularam que outras 25 pessoas ficaram feridas.

Colonos bloquearam ainda as entradas de mais duas cidades da região neste sábado e atiraram pedras nos veículos que passavam, disse a agência de notícias oficial palestina Wafa. Os médicos disseram que oito palestinos ficaram feridos nesses ataques.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou os agressores seriam encontrados e apelou aos israelenses para não atrapalharem as forças de segurança. Já Yoav Gallant, ministro da Defesa, fez um apelo na rede social X: “Atos de vingança tornarão difícil para nossos soldados em sua missão. A lei não deve ser tomada pelas próprias mãos”.

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O Hamas, o grupo islâmico palestino que luta contra as forças israelenses que estão em uma missão para esmagar seus militantes em Gaza, emitiu um comunicado neste sábado instando os palestinos na Cisjordânia a lutarem contra o que descreveu como “milícias de colonos”.

(Com Reuters)