Chefe da inteligência militar de Israel renuncia ao cargo por ataque do Hamas

Major-general Aharon Haliva já havia assumido a responsabilidade pelas falhas nos atentados de 7 de outubro, mas tinha adiado a renúncia devido ao estado de guerra que se seguiu aos ataques

Roberto de Lira

Fotos em Tel Aviv de reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro - 16/4/2024 (Reuters/Hannah McKay)

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O principal funcionário da inteligência militar de Israel anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (22), informaram os meios de comunicação do país. A decisão foi tomada após o major-general Aharon Haliva ter reconhecido as falhas de segurança durante a ofensiva terrorista de militantes do grupo Hamas em 7 de outubro.

Haliva deixará o cargo assim que um substituto for nomeado, disseram as forças de defesa israelenses (IDF, na sigla em inglês).

O militar já havia indicado que deixaria o cargo após o fim da guerra, mas antecipou sua renúncia segundo agência de notícias hebraica Ynet, que publicou uma imagem de sua carta de renúncia.

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Além de Haliva, outros altos funcionários da defesa já disseram que têm responsabilidade pela invasão mortal realizada pelo Hamas em 7 de outubro, incluindo o chefe da agência de segurança Shin Bet e o chefe de gabinete das IDF. Nenhum deles anunciou planos de renunciar até o momento, embora muitos devam fazê-lo assim que a situação de segurança interna se estabilizar.

O jornal The Times of Israel lembrou que Haliva já havia se responsabilizado pelas falhas de inteligência poucos dias após o atentado. “A Diretoria de Inteligência Militar, sob meu comando, não alertou sobre o ataque terrorista realizado pelo Hamas”, disse Haliva em 17 de outubro. “Falhamos em nossa missão mais importante e, como chefe da Diretoria de Inteligência Militar, assumo total responsabilidade pelo fracasso.”

Na época, ele informou que estava adiando a saída devido à guerra que se seguiu em Gaza.