Casal banido de clube exclusivo da Disney gasta uma fortuna para tentar voltar

Casal de aposentados do Arizona ficou quase dez anos na lista de espera para entrar no clube, mas um episódio de embriaguez causou expulsão; eles já gastaram US$ 400 mil na Justiça

Roberto de Lira

(Reprodução/Instagram)
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Um casal de aposentados do estado do Arizona, Scott e Diana Anderson, declaradamente obcecados pela Disney, já gastaram mais de US$ 400 mil (cerca de R$ 2,19 milhões) na Justiça para tentar reverter uma decisão que os baniu como membros do exclusivo Club 33 da Disney, localizado em um dos parques temáticos de Anaheim, na Califórnia.

Os Andersons visitavam os parques de 60 a 80 vezes por ano e relataram ao jornal The Los Angeles Times que fizeram o passeio da Casa Assombrada quase 1.000 vezes nos últimos anos.

Ele ficaram cerca de uma década na lista de espera para se tornarem membros do Club 33, que inclui acesso a lounges exclusivos, restaurantes, passeios VIP e eventos especiais. O clube privado, com decoração com itens originais das animações e estética art nouveau tem ainda uma sala de troféus com painéis de madeira e outras comodidades.

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As taxas anuais do clube eram de US$ 31,5 mil (mais de R$ 170 mil) e, com despesas de viagem e hotel, o casal do Arizona gastava cerca de US$ 125 mil (mais de R$ 680 mil) anualmente por essas regalias.

Detalhe da mesa de jantar do exclusivo Clube 33, da Disney (Foto: Reprodução do Instagram/@club33_disney)

Embriaguez

Tudo isso chegou ao fim em 2017, quando a Disney revogou a filiação do casal ao clube após uma alegação de que Scott havia sido flagrado bêbado em público, em setembro daquela ano. Os seguranças teriam encontrado Scott perto da entrada do California Adventure exibindo sinais do que consideraram ser intoxicação, incluindo fala arrastada e dificuldade para ficar em pé, além do forte hálito de álcool.

Desde a expulsão, os Andersons, ambos com 60 anos, estão tentando na Justiça reverter o banimento e já gastaram cerca de US$ 400 mil nessas tentativas. No início deste mês, no entanto, um júri do Orange County rejeitou sua alegação de que a Disney os expulsou indevidamente.

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O advogado de Scott alegou que ele havia ingerido apenas algo entre 2,5 e 3 drinques e que sua condição de confusão mental foi resultado de uma enxaqueca vestibular, que pode ser desencadeada pelo vinho tinto que ele havia tomado. Além disso, ele disse que a Disney não fez uma investigação completa, como teste de bafômetro, ante de decidir pela expulsão.

Em sua reclamação, os Andersons pediram para serem reintegrados ao Club 33, com um reembolso de US$ 10,5 mil por quatro meses de associação não utilizada em 2017. Eles também queriam US$ 231 mil – o equivalente a sete anos no clube.

Já Jonathan E. Phillips, advogado que representa a Disney, disse que as diretrizes de associação do Club 33 proíbem a intoxicação pública. “Eles não queriam pagar as consequências de não seguir as regras”, disse Phillips aos jurados, acrescentando que a conduta de Scott Anderson “custou à sua esposa por 40 anos o sonho de ter acesso ao Club 33”.

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“Minha esposa e eu estamos decididos a dizer que isso é um erro absoluto e vamos lutar contra isso até a morte”, disse Scott Anderson, dono de um campo de golfe em Gilbert, Arizona, ao The Times. “Não há como deixarmos isso passar.”

Sua esposa disse que quer continuar lutando na Justiça. “Vou vender um rim”, disse Diana. “Eu não me importo.”