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O estado da Califórnia entrará com uma ação judicial nesta segunda-feira (9) para contestar a ordem do presidente Donald Trump de federalizar suas forças da Guarda Nacional, anunciou o governador Gavin Newsom em suas redes sociais.
A medida ocorre em meio à preparação da cidade de Los Angeles para o quarto dia consecutivo de confrontos entre manifestantes e autoridades policiais, motivados pelas políticas de imigração da administração Trump.

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A situação reúne todos os elementos que o presidente busca: um confronto com um grande rival político em um estado profundamente democrata, em torno de uma questão central para sua agenda

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Os protestos estão previstos em mais de uma dúzia de cidades pelo país, incluindo Sacramento, onde o Sindicato Internacional dos Empregados de Serviços da Califórnia (SEIU) planeja uma manifestação em frente ao capitólio estadual, após a prisão de um líder sindical proeminente em Los Angeles na última sexta-feira.
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Desde então, cerca de 150 pessoas foram detidas na cidade, onde policiais utilizaram gás lacrimogêneo e outras munições durante os confrontos, enquanto manifestantes lançaram scooters, fogos de artifício e pedras contra veículos policiais.
Nos últimos dias, as manifestações têm se intensificado, transformando Los Angeles em um ponto crítico da repressão migratória promovida pelo governo Trump.
No fim de semana, o presidente tomou uma medida extraordinária ao convocar 2 mil soldados da Guarda Nacional para conter os protestos, utilizando poderes federais raramente acionados e ignorando a autoridade do governador Newsom, que adotou um tom desafiador.
Em entrevista à MSNBC, Newsom respondeu às declarações do czar da fronteira de Trump, Thomas Homan, que não descartou a possibilidade de prender autoridades públicas que interfiram nas operações federais.
“Durão”, disse Newsom, “mas sabe de uma coisa? Deixe as mãos longe de meninas de 4 anos que estão tentando estudar. Deixe as mãos longe dessas pessoas pobres que só querem viver suas vidas.”