Ator francês Gérard Depardieu é condenado a 18 meses de prisão por agressão sexual

Além da pena de 18 meses de prisão, a Justiça francesa determinou que o ator deve ser incluído em uma lista de criminosos sexuais

Estadão Conteúdo

O ator francês Gérard Depardieu caminha até o tribunal, enquanto seu julgamento pela acusação de agressão sexual de duas mulheres, que os promotores dizem ter ocorrido durante as filmagens de "Les Volets Verts", continua em Paris, França, em 27 de março de 2025. REUTERS/Gonzalo Fuentes/Foto de arquivo
O ator francês Gérard Depardieu caminha até o tribunal, enquanto seu julgamento pela acusação de agressão sexual de duas mulheres, que os promotores dizem ter ocorrido durante as filmagens de "Les Volets Verts", continua em Paris, França, em 27 de março de 2025. REUTERS/Gonzalo Fuentes/Foto de arquivo

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Um tribunal de Paris condenou nesta terça-feira, 13, o ator Gérard Depardieu por ter abusado sexualmente de duas mulheres em um set de filmagem de 2021, o sentenciando a 18 meses de prisão com pena suspensa. Desta forma, Depardieu não cumprirá a pena imediatamente.

O ator, de 76 anos, foi condenado por ter apalpado uma cenógrafa de 54 anos e uma assistente de 34 anos durante as filmagens de Les Volets Verts.

O caso foi visto como um teste fundamental pós-#MeToo de como a sociedade francesa e sua indústria cinematográfica lidam com alegações de má conduta sexual envolvendo figuras públicas.

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Depardieu, que negou as acusações, não compareceu à audiência desta terça-feira. Além da pena de 18 meses de prisão, a Justiça francesa determinou que o ator deve ser incluído em uma lista de criminosos sexuais.

A longa e célebre carreira transformou Depardieu em um gigante do cinema francês. Ele foi indicado ao Oscar em 1991 por sua atuação como o espadachim e poeta Cyrano de Bergerac.

Durante o julgamento de quatro dias em março, o ator rejeitou as acusações, afirmando que “não é assim”. Ele reconheceu que usou linguagem vulgar e sexualizada no set de filmagem e que agarrou os quadris da cenógrafa durante uma discussão, mas negou que seu comportamento fosse sexual. (Com agências internacionais).