Alexei Navalny, opositor de Putin, morreu em prisão na Sibéria, dizem autoridades

Ativista cumpria pena de mais de 19 anos de prisão desde 2021, acusado pelo governo de fundar e financiar uma organização extremista, crime que ele negava; ele estava desde dezembro na prisão "Lobo Polar", na Sibéria

Roberto de Lira

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O líder da oposição russa Alexei Navalny morreu, segundo informações do serviço penitenciário da região de Yamalo-Nenets, onde cumpria pena de prisão após participar de protestos contra o governo de Vladimir Putin.

De acordo com comunicado publicado em seu site, o serviço penitenciário informou que Navalny “se sentiu mal” após uma caminhada nesta sexta-feira (16) e “perdeu quase imediatamente a consciência”. A equipe médica foi chamada, mas que não conseguiu reanimar Navalny. Segundo a corporação, o motivo da morte está sendo apurado, informou a Reuters.

Navalny, um crítico declarado do presidente russo, está preso desde 2021, acusado de fundar e financiar uma organização extremista, e cumpria uma sentença de mais 19 anos de prisão. Ele já havia sido condenado a nove anos por violação da liberdade condicional, fraude e desacato ao tribunal.

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Embora as autoridades tenham anunciado oficialmente a morte, Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, disse que sua equipe ainda não havia recebido a confirmação. O advogado do ativista viajou para a Sibéria para saber mais detalhes, informou a BBC, citando a mídia russa.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que o serviço penitenciário russo está fazendo todas as verificações sobre a morte de Navalny, mas declarou não ter mais informações sobre o assunto

O The Guardian lembra que Navalny foi visto pela última vez em uma chamada de vídeo feita em janeiro, brincando sobre sua roupa de prisão na colônia penal do Ártico, para a qual havia sido transferido um mês antes.

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A colônia IK-3, apelidada de “Lobo Polar”, voltada para criminosos violentos, fica na cidade de Kharp, a cerca de 1.900 quilômetros de Moscou e é vista como uma das prisões mais duras da Rússia.

Na última declaração a jornalistas na videochamada, Navalny mostrou-se de bom humor, brincando que ainda não havia recebido qualquer correspondência de Natal, por estar “muito longe”.

(Com Reuters)