XP, Einstein, Weg: empresas no Brasil investem em escola própria para formar talentos

Objetivo das companhias é criar programas de formação que integrem o aprendizado ao trabalho

Estadão Conteúdo

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A escassez de mão de obra em algumas áreas, como a de tecnologia, tem levado grandes empresas a apostar em uma nova estratégia para formar seus profissionais de acordo com suas necessidades.

Seguindo uma tendência bem-sucedida nos Estados Unidos, na Alemanha e na Áustria, as companhias têm investido em iniciativas próprias de educação, como faculdades ou escolas técnicas, certificadas pelo Ministério da Educação.

Na lista de companhias que aderiram a esse conceito estão o Hospital Israelita Albert Einstein, BTG, Weg e XP, que lançou na semana passada a Faculdade XP.

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Com início das aulas previsto para agosto de 2022, estarão disponíveis na Faculdade XP os cursos de Sistemas de Informação, Ciência de Dados, Análise de Desenvolvimento de Sistemas, Banco de Dados e Defesa Cibernética.

O objetivo das empresas é criar programas de formação que integrem o aprendizado ao trabalho, na tentativa de ampliar a qualificação profissional e atrair talentos.

Esse movimento é crescente e tem nome, employer U ou employer university (na tradução livre, universidade conectada ao empregador). Sua origem converge, porém, com o conceito de educação corporativa à medida que o ensino entra para o leque de benefícios das empresas e figura entre os compromissos ESG (na sigla em inglês, princípios ambientais, sociais e de governança).

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Enquanto os empregadores capacitam pessoas já integradas à sua cultura organizacional, os alunos colocam em prática o que aprendem em sala de aula e têm acesso mais cedo ao mercado de trabalho.

Foi o que ocorreu com Kaymon de Paula Rodrigues Silva, 19, que conquistou seu primeiro emprego em maio, após entrar na turma inicial do ensino médio integrado à Escola Técnica de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein.

Quando completou o terceiro ano do curso, em 2021, o jovem iniciou estágio em unidades administradas pelo Einstein. Hoje, formado e registrado no Conselho Regional de Enfermagem (Coren), é funcionário do centro cirúrgico no bairro do Morumbi.

Entre os formandos do Curso Técnico de Enfermagem do Ensino Einstein em 2020, 84% foram empregados até o final do ano passado, sendo 80% deles contratados internamente nos locais onde a organização faz a gestão. Ao todo, o sistema administra 27 unidades públicas e 13 no setor privado, onde os alunos dos cursos de formação profissional têm estágios garantidos pela escola.

“Num ensino integrado ao empregador, as necessidades das empresas e competências, como habilidades comportamentais (soft skills), são valorizadas. O profissional se forma dentro da cultura da instituição, o que aumenta a empregabilidade”, diz Blaidi SantAnna, gerente do ensino médio e técnico do Ensino Einstein.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.