Volume de reclamações contra lojas virtuais avançou 320% em dezembro passado

A análise se baseou nas 14 lojas virtuais de maior operação no País, que receberam, juntas, 56.893 reclamações

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SÃO PAULO – Comprar sem sair de casa foi um dos principais benefícios encontrados pelos consumidores brasileiros nos últimos anos. Porém, eles não contavam com o excesso de problemas nessa modalidade.

De acordo com levantamento realizado pelo portal de defesa do consumidor Reclame Aqui, o volume de reclamações apuradas em dezembro avançou 320%, se comparado com o mesmo período do ano anterior.

A análise se baseou nas 14 lojas virtuais de maior operação no País, que receberam, juntas, 56.893 reclamações de consumidores on-line. Somente no último mês do ano passado, foram registradas 13.186 ocorrências, cerca de 23% do registro anual.

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As reclamações
O percentual de reclamações relacionadas ao atraso na entrega dos produtos destoa das demais. O levantamento aponta que 74% das ocorrências se referiam a esse problema.

Pelas contas do Reclame Aqui, cerca de 9.800 consumidores que reclamaram sofreram ou ainda sofrem à espera dos produtos adquiridos pelo comércio eletrônico.

Produto errado, com defeito, mau atendimento, propaganda enganosa e outros são responsáveis por 26% das reclamações de Natal.

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O setor
De acordo com estudo divulgado pelo E-bit, o faturamento do e-commerce atingiu 2,2 bilhões em vendas de bens de consumo neste período natalino, um crescimento de 40% em relação a 2009.

Na prática, entretanto, esse crescimento pode trazer a público a deficitária estrutura do setor de e-commerce quanto ao atendimento da demanda de seus clientes.

“Se considerar que o e-commerce tenha o mesmo crescimento em 2011, o próximo final de ano poderá ser responsável pelo colapso da não entrega de mercadorias”, afirma o presidente do Reclame Aqui, Maurício Vargas.

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O segmento de Lojas Virtuais assumiu, desde o segundo semestre do ano passado, o ranking de insatisfação dos clientes, com mais de 158 mil reclamações registradas até o final de dezembro.

A onda de ocorrências se mostrou tão robusta, que as queixas registradas para o e-commerce ultrapassaram o tão questionado setor de telefonia, com o triplo de reclamações, e os eletroeletrônicos e eletrodomésticos.