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Vai viajar nas férias? Saiba como o seguro protege quem aluga casa por temporada

Especialista explica quais situações estão cobertas ou não nesse tipo de situação, quanto custa e dicas para o segurado não ficar desamparado

Jamille Niero

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O fim do ano já está batendo à porta e, com isso, muitos brasileiros estão se preparando para a tradicional viagem de férias. Como nem todos pretendem ir para hotel ou pousada, alugar uma casa para descansar no período se apresenta como uma solução prática, mas traz questionamentos: o seguro residencial comum cobre imóveis alugados por temporada? A resposta é: depende.

Algumas seguradoras cobrem esse tipo de situação, enquanto outras exigem uma contratação adicional ou ainda não aceitam o risco, como explica Rodrigo Cunha, gerente de desenvolvimento de produtos da seguradora Simple2u.

“É uma variável que vai depender da política de subscrição [processo de análise de riscos] de cada empresa”, diz o especialista no episódio desta quinta-feira (21) do Tá Seguro, videocast do InfoMoney que descomplica o universo dos seguros. O programa já está disponível no YouTube e nas principais plataformas de podcast.

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O que o seguro cobre (e o que não cobre)

Rodrigo explica que o pacote básico do seguro residencial padrão cobre incêndios, explosões e danos por queda de raio e aeronaves. Coberturas adicionais podem incluir roubo e furto qualificado (que deixa vestígios, como arrombamentos), danos elétricos causados por picos de energia e até vendavais, garantindo proteção contra eventos climáticos extremos. Por outro lado, furtos simples, dinheiro em espécie e joias geralmente são excluídos.

Para Rodrigo, entender quais coberturas estão incluídas na apólice (contrato de seguro) adquirida é essencial e evita surpresas na hora de acionar o seguro.

Quem for alugar uma casa e pensa em levar um notebook ou bicicleta pode ficar tranquilo, aponta o especialista, porque esse tipo de bem costuma estar protegido contra roubo e furto qualificado. Danos acidentais, como quebra de vidros, também podem ser incluídos.

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Rodrigo destaca a importância de pensar nas necessidades específicas de uma viagem: “É comum famílias alugarem casas com crianças, onde acidentes com vidros ou espelhos podem acontecer”, diz.

Além das coberturas tradicionais, serviços de assistência 24h, como chaveiro ou eletricista, são amplamente ofertados e costumam fazer parte do pacote básico. Contudo, para os casos de contratação por períodos mais curtos, como o aluguel por temporada, as seguradoras podem disponibilizar apenas os serviços emergenciais e não os preventivos, como limpeza de ar condicionado e dedetização, restritos aos contratos mais tradicionais (anuais, por exemplo).

Quanto custa?

Ao contrário do que muitos pensam, o seguro residencial não é caro, explica Rodrigo.

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“Talvez por desconhecimento as pessoas fazem uma associação ao seguro de automóvel, e pensam que se o seguro para um carro que vale R$ 50 mil custa mais de mil reais, o da casa que vale muito mais vai custar muito mais também e não é verdade. Varia conforme a seguradora, mas em geral o seguro para a casa custa de R$ 30 a R$ 50 por mês para ter uma proteção alinhada com a necessidade da maior parte da população brasileira. Algumas seguradoras, como a Simple2u, permitem ativar a cobertura apenas para períodos curtos, como um final de semana, com custos a partir de R$ 10”, esclarece.

Hoje, a contratação pode ser feita online, via aplicativo, ou com auxílio de consultores. A tecnologia simplificou a jornada, desde a adesão até o atendimento em caso de sinistro (ocorrência do risco previsto no contrato de seguro, como roubo ou vendaval), acrescenta Rodrigo.

“A digitalização permite pagamentos rápidos, com sinistros resolvidos em até 10 dias”, exemplifica o especialista. Ele ainda dá uma dica para agilizar o pagamento de uma eventual indenização, que é guardar as notas ficais, em meio físico ou digital, ou outros registros que comprovem os bens afetados.

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Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa