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Vai adquirir um cartão? Cuidado, os juros são apenas um dos itens a serem vistos

A Pro Teste aconselha os consumidores a recusarem contratação de seguro, ainda que o valor seja muito pequeno

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Eles são práticos e fáceis de usar. Na carteira, sequer ocupam espaço. Em tempos de crédito abundante e economia em crescimento, são poucos os consumidores que não têm um cartão de crédito no bolso. Aliada do orçamento para muitos, vilã incontestável para tantos outros, a moeda de plástico ocupa cada vez mais espaço entre as formas de pagamento.

De acordo com os últimos números da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), até setembro, mais de 612 milhões de cartões circulavam no mercado brasileiro. Somente no mês passado, mais de 5 mil começaram a circular. E a estimativa da associação é de que, até o final deste ano, mais de 628 milhões de moedas de plástico circulem na economia.

O crescimento do segmento é incontestável. E o desejo de muitos consumidores, principalmente os que estão em ascensão econômica, de realizar seus sonhos de consumo em “prestações que cabem no bolso”, só faz crescer esses números. Contudo, antes de cair na tentação de lotar a carteira com os plásticos, é melhor ficar bastante atento para que o tão desejado acesso ao crédito não se torne um pesadelo.

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Nem só os juros…
E para quem pensa que apenas os juros transformam o cartão de mocinho a vilão, o melhor é começar a anotar algumas dicas da Pro Teste – Associação dos Consumidores.

Na hora de pedir o cartão de crédito, fique atento aos seguros e taxas embutidos na anuidade dele. Peça a especificação de cada um deles e recuse os que você considerar excessivos. Seguros, de acordo com o órgão de defesa do consumidor, devem ser recusados. “Apesar de parecer um custo pequeno, em geral, não valem a pena”, afirmou o órgão.

Cartões sem anuidade também devem ser vistos com cuidado. Esse tipo de opção é difundido principalmente no segmento de private label – os velhos conhecidos cartões de lojas. A vantagem aparente pode se revelar uma espécie de cilada. Isso porque muitas empresas acabam cobrando uma taxa, de R$ 2,99 a R$ 4,90, quando o consumidor utiliza o cartão.

A Pro Teste constatou, inclusive, que existem empresas que cobram taxa se o consumidor não utilizar o cartão. Por isso, fique atento.

Depois da contratação
Para aqueles que vão utilizar o cartão, a Pro Teste aconselha aos consumidores evitar o saque. “A possibilidade de saque pode ser tentadora nos momentos de aperto, mas lembre-se do alto custo e recorra a outras opções mais baratas”, diz o órgão.

E se você considera os juros do cartão altos demais, vai se assustar com aqueles cobrados para os saques. Isso porque muitas instituições bancárias cobram uma taxa de juros maior para prestar esse serviço, além de cobrar por saque realizado.

Se não teve jeito e as contas acumularam na fatura, recuse o parcelamento e replaneje seu orçamento para quitar o débito. O ideal, constata o órgão, é colocar o cartão na gaveta e adaptar o orçamento para a nova realidade, até que as contas estejam em dia.

Claro que atentar a todos esses pontos são relevantes e fazem muita diferença. Mas esquecer das taxas de juros é fazer com que uma dívida, a princípio, pequena, vire uma bola de neve. Por isso, não gaste além do que pode e evite pagar o mínimo.