Intercâmbio no ensino médio: quanto custa e como planejar para os seus filhos

O diretor geral da CI Intercâmbio e Viagem, Gilberto Mingrone, explica como funciona o processo e o que é importante saber durante o planejamento

Mariangela Castro

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SÃO PAULO – Enviar os filhos para estudar no exterior durante o ensino médio pode ser um diferencial gigantesco para suas de carreira, visões de mundo e experiências de vida. O intercâmbio do tipo High School se aplica a jovens de 14 a 18 anos que queiram estudar fora do Brasil durante 6 meses ou mais.

Realizar este sonho requer planejamento, segundo Gilberto Mingrone, diretor geral da CI Intercâmbio e Viagem. A maioria das famílias começa a pesquisar o assunto com cerca de 18 a 24 meses de antecedência.

Apesar de não terem certeza sobre todos os detalhes do intercâmbio, muitos pais começam a juntar a dinheiro desde a infância dos filhos.

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O primeiro passo para aqueles que desejam fazer um intercâmbio é escolher o destino. Cada agência de atua com um grupo de países, no caso da CI são oferecidas 15 opções.

Os pais decidem se querem escolher apenas o país, o país e o distrito/região ou até a escola específica em que seus filhos vão estudar. Os destinos mais procurados hoje são Estados Unidos, Austrália e Inglaterra.

“Na hora de escolher o local, geralmente a família diz qual o orçamento e quais são os gostos dos filhos, se prefere calor ou frio, etc.”, explica Mingrone. Países como Canadá, Austrália e Estados Unidos costumam ser mais acessíveis financeiramente do que Suíça ou Noruega, por exemplo.

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Para um intercâmbio de 6 meses, existem programas a partir de R$ 35 mil, destaca o diretor da CI. No entanto, a depender da região ou da escola, alguns programas podem chegar a R$ 500 mil.

O valor da taxa de câmbio é fixado no dia em que os clientes assinam o contrato. Ou seja, independente das variações de câmbio, o preço em reais permanece o contratado na agência no dia em que os pais compram o programa. “Em 2018 isso foi marcante. Muitas famílias esperaram para assinar o contrato depois das eleições, imaginando que o dólar iria cair. Outras, querendo garantir a vaga nas escolas escolhidas, acharam melhor não arriscar.”

Além do valor do intercâmbio, é recomendado enviar entre US$ 400 e US$ 500 mensalmente aos filhos. No geral, a viagem dura de 6 meses a 1 ano, mas pode ser estendida por até 3 anos.

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O tipo de instituição também implica diferenças na viagem. As escolas públicas seguem as diretrizes de ensino do distrito ou do país, tornando-as mais tradicionais, na maioria dos casos. Este tipo de intercâmbio é mais acessível, uma vez que não será necessário pagar mensalidade.

“Quando a prioridade dos pais é que o jovem aprenda inglês e tenha experiência em outra cultura, uma escola pública já é suficiente. Neste caso, o estudante ficará hospedado na casa de alguma família típica nacional”, comenta Mingrone. “Por outro lado, se os pais estão mais focados em inovação, cursos específicos e atividades complementares, vale a pena procurar uma escola particular.”

As escolas particulares possuem diretrizes de ensino próprias e costumam oferecer uma série de atividades extras. A depender da idade do estudante, e da carreira que ele deseja seguir, estudar em uma escola privada específica pode mudar completamente a experiência.

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Vale ressaltar que muitas escolas particulares possuem dormitórios, o que faz com que os alunos permaneçam dentro delas quase que o tempo todo.

Justamente por causa dessas especificidades, ir estudar em uma escola privada pode elevar muito o preço da viagem. Algumas, inclusive, possuem longas listas de espera, o que requer maior planejamento e antecedência dos pais.

Após contratar o intercâmbio, é preciso solicitar o visto para necessário para entrar no país, relembra Mingrone. Os tipos mais comuns para estudantes são J1 e o F1.

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Muitos pais se perguntam qual melhor idade para enviar os filhos ao intercâmbio. O especialista levantou alguns prós e contras importante de serem considerados.

“Quando o jovem vai com 15 anos, por exemplo, talvez ele não tenha maturidade suficiente para viver essa experiência com a mesma cabeça de quem já está com 17″, diz ele. “Na adolescência, cada ano que passa já faz muita diferença em termos de aprendizado.”

Ao mesmo tempo, apesar de uma pessoa com 17 anos estar mais madura em relação à sua formação acadêmica, ela está na época de prestar o vestibular. Por isso, ir no último ano pode não ser o ideal, principalmente para aqueles que não têm interesse em fazer faculdade fora do Brasil.

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“Com 17, 18 anos, a pessoa volta formada e já tem um vestibular para prestar, sendo que provavelmente não conseguiu se preparar a tempo. A idade ideal depende dos objetivos da família, da maturidade do estudante e do momento em que ele vive.”

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