Fundador da Azul planeja aérea com preços 50% mais baixos e totalmente personalizáveis

Chamada temporariamente de Moxy, a aérea propõe uma experiência de viagem "totalmente personalizável", desde o espaço do assento até as refeições servidas e tarifas cobradas

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Fundador das aéreas Azul e JetBlue, o empreendedor David Neeleman já tem planos de criar uma nova companhia. Chamada temporariamente de Moxy, ela propõe preços até 50% mais baratos que a média e uma experiência de viagem “totalmente personalizável”, desde o espaço do assento até as refeições servidas e tarifas cobradas. A companhia deve inicialmente operar apenas nos Estados Unidos.

“Ela dará ao passageiro a possibilidade de comprar lugares diferentes de acordo com sua altura, com o conforto que procura e com o preço que deseja pagar. Mesma coisa em relação à comida”, disse Neeleman à Bloomberg. “Será uma empresa de tecnologia que por acaso opera aviões”, completou o executivo.

Também está na proposta da companhia um “aplicativo muito robusto” e algum nível de acesso gratuito à internet a bordo.

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De acordo com a agência de notícias, a proposta da Moxy é ser uma companhia de aviação “tecnologicamente avançada” que operará tanto rotas curtas quanto longas com o avião A220, lançamento da Airbus de corredor único.

Ela concentrará suas operações em voos diretos que driblam grandes polos aeroportuários onde operam aéreas maiores. Segundo Neeleman, cerca de 800 possíveis pares de cidades, incluindo de outros países, estão sob avaliação para entrar na rota da companhia. “Eu ficaria surpreso se houver alguma rota na Moxy com algum concorrente em voos diretos”, ele disse.

A escolha do A220 para ser a aeronave oficial da companhia é importante, tanto positivamente quanto negativamente. Primeiro porque esse avião foi projetado de forma a propiciar mais conforto aos passageiros, mesmo em assentos mais baratos, e janelas maiores.

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Por outro lado, vai contra uma tendência cada vez mais sólida no mercado de aviação: a opção por aviões maiores para compensar os custos com combustível e escassez de pilotos. E o A220 possui capacidade para cerca de 150 passageiros, número inferior à média oferecida pelas demais aéreas low-cost.

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Mas essa não é uma preocupação de Neeleman. Ele diz que terá abordagens “inovadoras” para recrutar pilotos e que a inspiração para criar uma nova aérea partiu do próprio lançamento do A220. “A combinação de oportunidade e mais o avião me convenceu a ir em frente com a ideia”, disse.

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A operação da Moxy, cujo nome deve eventualmente mudar, está prevista para o início de 2021, visto que ainda é necessário obter a licença federal para operar nos Estados Unidos e que o primeiro A220 começa a ser entregue na mesma época.

Trajetória de sucesso
Neeleman conhece a fórmula para criar uma aérea bem-sucedida. Ele foi fundador também da Morris Air, nos Estados Unidos, posteriormente vendida para a Southwest Airlines, e da JetBlue, além da canadense WestJet e a brasileira Azul.