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Em um mundo que vive mudanças geopolíticas (por causa da disputa entre EUA e China), tecnológicas (graças à inteligência artificial generativa) e energéticas (forçadas pelas mudanças climáticas), o Brasil precisa arrumar sua casa para poder exercer influência global — e as reformas conduzidas pelo ministro Fernando Haddad, como a tributária e a fiscal, são um bom passo na direção certa.
Quem disse isso é Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, em sua apresentação no Fides 2023, nesta segunda (25). “O sucesso de um país dá peso a ele nas discussões geopolíticas. Se a economia é forte e o governo está indo bem, os demais países ouvirão. As reformas que estão sendo feitas pelo ministro da Economia e a forma como o Brasil se adapta e se reforma terão um papel significativo para o país atingir uma liderança global”, disse Blair.
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O ex-premiê britânico afirmou que o Brasil é o líder do Sul Global e que terá uma oportunidade ímpar de expandir sua influência ao ocupar a presidência do G20, no ano que vem, e por ser sede da COP-30, a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, em 2025.
“É um momento importante para mostrar liderança. Espero que essas reuniões leguem um plano de ação para financiar a transição energética e investir em novas tecnologias. O dinheiro para investimento está lá, mas não temos, no mundo em desenvolvimento, projetos suficientes de qualidade nos quais investir. Os fundos de investimento só podem investir em projetos que tenham retorno financeiro. Se os governos querem atrair investimentos em energia renovável, precisam colocar sua casa em ordem, em primeiro lugar.”
