Tesla demite ao menos 200 funcionários nos EUA

Musk já havia confirmado que desligaria cerca de 10% da mão de obra assalariada da empresa nos próximos meses

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Cerca de 200 trabalhadores da Tesla foram demitidos nesta terça-feira (28). A informação foi noticiada pela Bloomberg.

Rumores sobre as demissões na companhia já circulavam. Na última semana, Elon Musk, CEO da empresa, confirmou que será necessário cortar 10% dos funcionários assalariados da Tesla.

Os funcionários atingidos pela medida trabalhavam na unidade da Tesla de San Mateo, na Califórnia, que foi desativada. O escritório, que contava com 350 trabalhadores até então, fazia rotulagem de dados e avaliações de carros de clientes com piloto automático e outros tipos de assistência ao motorista.

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O restante da equipe teria sido transferida para instalações da empresa próximas da região.

Musk afirma que a redução total no quadro de funcionários vai ser de 3,5%, sendo a maioria dessas demissões de profissionais assalariados, com o objetivo de aumentar o percentual de trabalhadores que ganham por hora.

Pessoas próximas à situação afirmam que a maioria dos demitidos, porém, tinha contrato por horas de trabalho, justamente a categoria que Musk havia dito que não sofreria com os cortes, conforme noticiou a Bloomberg.

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A rotulagem de dados é uma parte crucial do negócio da Tesla porque é esse mecanismo que ajuda na chamada “Deep Neural Network” (Aprendizagem Profunda, em português) que treina o algoritmo que ajuda na condução de carros autônomos, o core business da montadora.

Na prática, com a ajuda de tecnologia, os funcionários do setor analisam imagens de carros, placas, sinais, faixas de tráfego e rotulam os dados. Há uma fábrica nos mesmos moldes em Buffalo, Nova York.

A justificativa para os cortes é baseada na preocupação do CEO da Tesla com um ambiente econômico de muitas incertezas, somado a um crescimento mais acelerado que o planejado.

As demissões vêm sendo centralizadas em áreas que cresceram muito rapidamente, incluindo, por exemplo, funcionários de RH e de engenharia de software, segundo a Bloomberg.

No momento em que a Tesla se expande — com mudança de sede da companhia para Austin, no Texas, e um quadro de funcionários que passava dos 100 mil no mundo todo —  os cortes vêm sofrendo críticas e até processos na Justiça. No ano, as ações da Tesla (#TSLA34) já caíram 39,45%.

Além disso, Musk se envolveu recentemente em polêmicas relacionadas à gestão de seus funcionários ao enviar um e-mail impondo trabalho presencial ou demissão.

Para Musk, a Tesla “vai realmente fabricar os produtos mais interessantes e significativos de qualquer empresa na Terra. E isso não vai acontecer por telefone.”