Telefônica diz que problema em Speedy foi causado por hackers

Empresa diz que problema é decorrente de "ações deliberadas e de origem externa" e que já avisou autoridades

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SÃO PAULO – A Telefônica afirmou, nesta quinta-feira (9), que os problemas de navegação em páginas da internet que seus clientes enfrentaram no Speedy foram causados por “ações deliberadas e de origem externa” ou por hackers.

Em nota à imprensa, a empresa afirmou que ações externas desestabilizaram o equipamento que faz a conversão dos nomes dos websites para o endereço correspondente, chamado de DNS (Servidor de Nome de Domínio, na sigla em inglês). Foram feitas muitas solicitações simultâneas nesse servidor.

“Esta ação intencional visa esgotar a capacidade dos servidores e fazer com que as solicitações artificiais concorram com as solicitações legítimas, gerando as dificuldades de navegação em páginas de internet (portais, websites e etc.)”, explicou a Telefônica. Pela natureza do problema, não há dificuldades em serviços de mensagens instantâneas, de comunicação e rede de dados corporativos nem em suporte a serviços públicos.

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Problema mundial

De acordo com a Telefônica, problemas como esse acontecem em todo o mundo e a empresa está tomando todas as providências para resolvê-lo, o que significa que já comunicou as autoridades, para investigar sobre a motivação das ações e que medidas devem ser tomadas.

“A Telefônica lamenta o transtorno causado aos seus clientes e informa que está empreendendo todos os esforços para normalizar a operação de sua rede o mais rapidamente possível”.

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Notificação

A resposta da empresa foi dada no dia seguinte a uma notificação feita pelo Procon-SP, que exigiu esclarecimentos em relação à lentidão no serviço Speedy e à falta de acessibilidade. Depois da resposta da empresa, abre-se processo administrativo.

O Procon-SP afirmou que já recebeu consultas de consumidores em busca de informações sobre como proceder nesse caso. A orientação é que a pessoa busque falar com a empresa e, somente depois, recorra ao órgão de defesa do consumidor.

O entendimento do CDC (Código de Defesa do Consumidor) é o de que, em casos de falhas como a que está ocorrendo, o cliente tem direito ao abatimento na conta do período em que o serviço não foi prestado.