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SÃO PAULO – O Distrito Federal e o Rio de Janeiro são as unidades da federação onde se encontra o maior número de mulheres solitárias, segundo revela o estudo “Sexo, Casamento e Economia”, realizado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em dados do ano 2000.
Segundo a pesquisa, 44,32% das mulheres com mais de 10 anos no Distrito Federal são solteiras, descasadas ou viúvas, percentual muito similar aos 43,10% de mulheres que se encontram na mesma condição no estado fluminense. Para os organizadores da sondagem, níveis de educação e renda elevados justificam este comportamento social, uma vez que possibilitam maior independências às mulheres.
Considerando apenas as capitais, Salvador e Recife encabeçam a lista de cidades com mais solitárias, a primeira com 50,90% de incidência, e a segunda com 50,76%.
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Em situação diametralmente oposta, a capital com menor número de mulheres sozinhas é Palmas (TO), com apenas 35,03%. Logo depois aparece Boa Vista (RR), com 37,12%. Entre os estados, Rondônia é a localidade na qual existem menos solitárias: apenas 28,17% da população feminina.
As solitárias ganham mais
O estudo da FGV mostra também que as mulheres sozinhas ganham, em média, 62% a mais que as acompanhadas, sejam elas casadas ou unidas consensualmente com seus parceiros. Esta discrepância de renda se explica por diversos fatores, sendo o recebimento de maiores salários apenas um deles.
De acordo com a pesquisa, as viúvas e as solteiras, especificamente, se beneficiam das pensões e aposentadorias que recebem como direitos adquiridos dos maridos ou pais. Já as descasadas, incrementam seus ganhos com possíveis transferências privadas, entre elas, pensões alimentícias.
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Elas são mais sozinhas que eles
Ainda conforme a pesquisa da FGV, as mulheres brasileiras são mais solitárias que os homens. A taxa média de solidão para elas é de 51,67%, ao passo que para eles fica em 49,36%.
Esta diferença, conforme explicam os organizadores do estudo, se deve, principalmente, ao fato de as mulheres viverem cada vez mais que os homens e ao hábito delas se casarem com pessoas mais velhas. Prova disso, a FGV mostra que a solidão masculina é mais intensa antes dos 35 anos de idade, o que sugere que estas pessoas ainda se casarão com alguém. Em contrapartida, a maior incidência de mulheres solitárias ocorre após os 60 anos de idade, quando a taxa feminina supera a masculina em 2,6 vezes.