Servidores do Banco Central mantêm greve mesmo sem perspectiva de aumento salarial

Paralisação vai continuar até o dia 4, último dia possível para conceder aumentos salariais para funcionários públicos este ano

Estadão Conteúdo

Edifício-sede do BC, em Brasília. Autonomia financeira mudaria radicalmente a estrutura da autarquia (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Mesmo sem sinalização de reajuste, os servidores do Banco Central decidiram manter a greve em assembleia, que foi realizada no período da tarde desta terça-feira (28).

Segundo Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), a paralisação vai continuar ao menos até o dia 4, último dia possível para conceder aumentos salariais para funcionários públicos este ano, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Na terça-feira (5), os servidores vão se reunir em assembleia novamente para definir os rumos do movimento.

No dia 4, a categoria também vai fazer um ato virtual nacional de valorização da carreira de especialista do Banco Central e também em protesto à postura do presidente do BC, Roberto Campos Neto, diante das demandas da categoria, que está mobilizada desde o início do ano e, em greve, há três meses.

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“No dia 4/7/2022, faremos um ato nacional virtual de valorização da carreira de Especialista do BC, protestando contra a falta de diálogo e contra o desrespeito por parte do sr. Roberto Campos Neto em relação às demandas dos servidores”, disse Faiad, em nota.

Impactos da greve

A greve dos servidores do BC tem afetado diversos serviços e atividades do órgão, desde as divulgações regulares, importantes para avaliar a conjuntura econômica, até a implementação de novos projetos da autarquia.

Segundo uma fonte a par do assunto, atualmente, a adesão à greve é de 1/3 do corpo funcional do BC, ou cerca de 1.100 pessoas. No ato do dia 4, é esperada a participação dos cargos de maior hierarquia, como chefes de departamento.

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O ato no dia 4 também é uma forma de marcar terreno, já que a categoria sabe que não haverá aumento salarial este ano, conforme já disse diversas vezes o presidente Jair Bolsonaro (PL).