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SÃO PAULO – Em um país onde a maior parte da população tem dificuldades de equilibrar o orçamento no final do mês, um dos maiores entraves à venda de produtos financeiros é, sem duvida, o preço. Apostando nisto, a Bradesco Seguros anunciou que pretende lançar em 2004 o chamado seguro popular, cujo custo deve ser o maior atrativo.
Seguro popular oferece poucos benefícios
O conceito do novo seguro se baseou nos chamados carros populares, em que são oferecidos menos opcionais, mas em contrapartida o preço do automóvel é bem mais baixo. De forma semelhante, o novo seguro deve custar apenas R$ 9,90 ao mês, o que só é possível devido ao fato de que oferece poucos benefícios adicionais, além do seguro de vida.
De acordo com informações da instituição, ao contratar o chamado seguro popular o segurado terá direito a uma cobertura que varia entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, valor que varia de acordo com a idade do segurado e com outros fatores atuariais relevantes para os cálculos de risco da cobertura.
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Perspectivas para 2004 são bastante otimistas
Otimista, o presidente da Bradesco Seguros, Luiz Carlos Trabuco Cappi, acredita que o setor segurador deve manter uma forte taxa de crescimento em 2004, seguindo a tendência registrada neste ano, em que o setor cresceu cerca de 23%. O executivo justifica o otimismo lembrando que a massa de segurados no mercado brasileiro não chega a 20 milhões de CPFs, o que equivale a pouco menos de 12% da população total do país, estimada em 170 milhões de pessoas.
Na sua opinião, o setor, que responde por cerca de 3% do PIB (produto interno bruto), deve crescer sua participação para algo em torno de 10% do PIB nos próximos anos. Outro fato que confirma o pequeno grau de penetração do setor segurador no país é a constatação de que o faturamento do setor no Brasil é menor do que aquele registrado no México.
Mercado segurador reflete qualidade de vida da população
O executivo lembra que a expansão do faturamento do setor pode ser relacionada à melhora na qualidade de vida da população, de forma que a tendência para o setor é de crescer ainda mais, caso a retomada do crescimento econômico prevista para 2004 se confirmar. Cappi lembra que não é por coincidência que os países de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDHU) sejam exatamente aqueles onde a participação do setor segurador na economia é maior.
O IDHU é um indicador de qualidade de vida, desenvolvido pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) que se baseia no tripé renda, saúde e educação. A renda é medida pelo PIB real per capita, a saúde pela expectativa de vida e a educação pelas taxas de alfabetização de adultos e de matrículas no ensino fundamental, médio e de terceiro grau combinadas.