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O seguro prestamista é uma proteção financeira que tem ganhado destaque no mercado, especialmente diante do aumento na contratação de empréstimos e financiamentos no país.
Segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que representa as seguradoras que operam no ramo, no primeiro semestre de 2025, os prêmios (valor pago pelo cliente à seguradora ao contratar o seguro) relativos ao seguro prestamista somaram R$ 10,43 bilhões, representando um crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor foi de R$ 9,89 bilhões.
Hoje, o seguro prestamista representa cerca de 25% da participação entre as principais coberturas de seguros pessoais (modalidades individual e coletiva), atrás apenas dos seguros de vida (50%).
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De acordo com Jaime Neto, diretor de produtos da MetLife, o seguro prestamista é uma garantia vinculada a operações de crédito, como empréstimos, financiamentos ou cartões.
“Ele tem como objetivo quitar, total ou parcialmente, uma dívida em caso de imprevistos com o contratante, garantindo que a obrigação financeira não recaia sobre a família ou o próprio cliente diante de situações como morte, invalidez ou perda de renda”
Coberturas oferecidas
As coberturas oferecidas podem variar conforme a seguradora e o produto contratado. Porém, entre as mais comuns estão:
- Morte: pagamento total ou parcial do saldo devedor.
- Invalidez permanente total por acidente ou doença: quitação da dívida em caso de incapacidade definitiva.
- Perda involuntária de emprego (para trabalhadores CLT) ou incapacidade temporária (para autônomos e profissionais liberais): pagamento das parcelas durante o período de afastamento.
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Quem pode contratar o seguro prestamista?
O seguro prestamista normalmente é oferecido no momento em que a pessoa contrata um financiamento, empréstimo ou cartão de crédito.
Também pode ser adquirido diretamente pelos clientes nos canais digitais dos bancos ou marketplaces, sem intermediários.
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Neto explica que esse tipo de seguro não cobre dívidas contratadas antes da apólice (contrato de seguro).
“O seguro prestamista não funciona como uma forma de regularizar dívidas passadas ou cobrir uma dívida existente. Ele é contratado no ato de uma nova operação de crédito e serve para proteger pagamentos futuros”
Isso significa que não é possível usar o seguro para quitar dívidas antigas, como saldos em atraso de cartão de crédito. Além disso, o especialista afirma que o capital segurado corresponde ao saldo devedor no momento do sinistro (ocorrência do risco previsto no contrato), sem cobrir multas, juros ou débitos em atraso.
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Quando a indenização não é paga?
O seguro prestamista pode estar vinculado a diversos tipos de empréstimos e financiamentos, como pessoais, consignados, veículos, imobiliários ou cartões de crédito, dependendo do contrato e da oferta da instituição financeira. No entanto, existem situações em que a indenização não é paga, por exemplo:
- Fraude ou má-fé na contratação do seguro;
- Situações não previstas na cobertura contratada, como perda de emprego voluntária quando a proteção é apenas contra demissão sem justa causa;
- Doenças ou condições existentes que não foram declaradas no momento da contratação.
Para Neto, é preciso ter atenção ao escolher o seguro prestamista.
“É fundamental que o cliente verifique todas as coberturas disponíveis e selecione aquela que melhor atende às suas necessidades, considerando o que espera da proteção oferecida.”
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