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Seguro para celular avança em smartphones mais simples; veja como contratar

Ao menos 10 milhões de aparelhos têm proteção securitária no país

Gilmara Santos

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O Brasil tem hoje mais smartphones do que habitantes. São 203 milhões de pessoas, segundo Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), contra 251 milhões de aparelhos celulares ativos, aponta a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

No rastro dessa grande quantidade de aparelhos em circulação também estão as ocorrências de furto e roubo. Segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país teve cerca de 1 milhão de registros desses dois crimes em todo o ano de 2022.

Sob este cenário, a procura por seguro de celulares só cresce. Números compilados pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais) junto às maiores seguradoras que oferecem este tipo de cobertura apontam a existência de ao menos 10 milhões de aparelhos celulares com seguro.

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O seguro custa, em média, de 20% a 25% do valor do aparelho. A arrecadação total do seguro de telefones celulares chega a R$ 2,5 bilhões ao ano (em volume de prêmios, que é o valor pago pelo segurado para ter a proteção).

Dos 10 milhões de proprietários de celulares segurados no país, em torno de 1 milhão acionam o seguro para ressarcir algum sinistro (pagamento do prêmio pelo consumidor). Esse volume representa R$ 1 bilhão pago pelas seguradoras a seus clientes por ano. As coberturas mais contratadas são a proteção contra roubo e furto qualificado e danos acidentais.

Principais coberturas

Pesquisa realizada pela startup de seguros Pitzi aponta que, em 2021, 23% dos consumidores aderiram a planos de proteção para smartphones que custavam de R$ 1.500 a R$ 3.000. Já em 2022, o número saltou para 33% dos aparelhos nesta faixa de preço com seguro. A contratação de seguros para aparelhos intermediários, com valor de R$ 3.000 até R$ 6.000 subiu 12% na mesma base de comparação.

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Edgar Navarro, gerente do produto celular da Porto Seguro, explica que qualquer tipo de aparelho é aceito pela seguradora, desde que tenha sido adquirido pelo usuário há, no máximo, 2 anos.

“O seguro celular oferece planos com coberturas completas, incluindo proteção contra furto simples, garantia internacional, franquia reduzida, sem fidelidade e muitas outras vantagens”, comenta.

Saiba mais sobre o produto:

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Tem carência?

Não. Após finalizar a contratação e com a apólice emitida, a proteção é imediata.

Cuidados

Patrícia Soeiro, vice-presidente da comissão de seguros gerais e afinidades da FenSeg, alerta que o consumidor precisa ter certeza se a empresa em que contratou a apólice é uma seguradora, entidade autorizada e fiscalizada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).

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“Também é importante se atentar sobre quais são as coberturas, valores, franquia, vigência do seguro. Importante estar ciente do que está contratando e receber a apólice para conferir todos os dados”, diz Soeiro.

Proteção

Wanderson Castilho, perito em crimes digitais e CEO da Enetsec, dá duas dicas para reduzir o risco de o aparelho ser roubado ou furtado. Confira:

“Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), uma das irregularidades mais comuns é o roubo de senha enquanto o cliente digita. Na hora do cliente pagar por uma bebida/comida, por exemplo, o criminoso se aproveita e presta atenção na senha que é digitada”, alerta o especialista.

Castilho aconselha a desativação do mecanismo de pagamento por aproximação, principalmente em lugares mais aglomerados. “Caso leve carteira, tenha a menor quantidade de documentos e cartões dentro dela. E sempre em lugares mais ocultos para evitar o roubo”, diz.

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Outras recomendações

1 – Redobre a atenção com uso do celular na rua 
Se isto for realmente necessário, fique numa posição em que consiga ver todo o ambiente em seu entorno. Evite deixar o aparelho à vista de janelas. No automóvel, mantenha-o longe do painel do veículo ou nos suportes de para-brisa.

2 – Cuidado ao guardar o aparelho
Evite deixá-lo sobre mesas ou no bolso traseiro. E quando guardá-lo em mochilas e bolsas, feche-as bem e as mantenha à frente do corpo.

3 – Utilize senha ou código de bloqueio para destravar o celular 
A Febraban recomenda evitar os métodos de reconhecimento facial ou digitais para desbloquear aplicativos bancários, pois alguns aparelhos têm brechas que possibilitam a alteração com facilidade em caso de furto. Use senhas ou códigos de bloqueio, mas evite desenhos simples e óbvios demais e tome cuidado ao desbloqueá-lo em público.

4 – Evite deixar o e-mail logado no celular
O e-mail é um dos meios mais eficazes para alterar senhas rapidamente em um celular desbloqueado. Evite mantê-lo logado automaticamente no aparelho.

5 – Guarde os detalhes do aparelho
Faça um registro de todas as informações importantes do aparelho e mantenha-as em um local seguro. São elas:

O IMEI é fundamental para registro no Boletim de Ocorrência em caso de roubo ou furto. Para acessar o seu IMEI, procure na etiqueta da caixa do celular, no adesivo que fica atrás da bateria, ou digite *#06# no celular e aperte a tecla “ligar”.

6 – Atente-se às opções de seguro disponíveis no mercado

No final do dia, todos estão sujeitos ao risco de roubo ou furto de seus aparelhos. Por isso, contratar um seguro também é uma boa medida de prevenção. Hoje, há diversas opções no mercado, tanto para proteger aparelhos celulares como transações eletrônicas indevidas.

Há opções que podem cobrir reparos causados por danos acidentais, como quebras,e permitem a indenização se o objeto não tiver conserto ou em caso de roubo ou furto qualificado. Há também seguro para cobertura de operações eletrônicas indevidas, via TED, DOC e Pix com algumas instituições bancárias parceiras, com indenização aos clientes no caso de transferências indevidas sob coação, extorsão ou sequestro.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC.