Segurança: 87% dos jovens e crianças dizem não ter restrição ao acesso à internet

Pesquisa realizada pela SaferNet Brasil revelou que 63% dos pais dizem não impor regras para o uso que os filhos fazem da web

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SÃO PAULO – De acordo com a pesquisa realizada pela SaferNet Brasil, 87% das crianças e dos jovens com idade entre 5 e 18 anos afirmaram não possuir restrições ao uso da internet, mas quando são monitorados, 48% desses jovens dizem se aborrecer com os pais.

Divulgado na última quinta (9), o estudo revela ainda que 63% dos pais realmente disseram não impor regras para o uso que seus filhos fazem da rede.

Em relação ao gênero, do total de pais entrevistados, 68% das mães disseram pôr limites à navegação dos filhos, enquanto 32% não o fazem. Já entre os pais, 51% colocam restrições, ao passo que 49% não impõem limites.

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A SaferNet é a ONG (Organização Não Governamental) responsável pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, operada em parceria com o Ministério Público Federal de São Paulo.

Tempo de uso

Em relação ao tempo dispensado em atividades virtuais, 47% dos jovens disseram ficar mais de quatro horas por dia conectados. Mas há um contraponto, pois, apesar da grande quantia de horas gastas na web, 55% dos entrevistados acham que usam tempo demais.

Um dos fatores que provavelmente auxilia esses números é o computador ficar no quarto dos usuários. Sejam jovens, sejam adultos, as horas de uso se multiplicam quando o aparelho deixa de ser um bem comum da família, e passa a ser item pessoal.

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Não é a toa que 65% dos jovens informaram que usam o PC no próprio quarto.

Amizades

O levantamento demonstrou, também, que 79% dos jovens entrevistados possuem amigos virtuais, sendo que 37% desses afirmaram ter mais de 20 amigos. Já aqueles que possuem de 6 a 20 amigos representaram 21,57%, e de 1 a 5 amigos, 20,59%.

Em relação aos pais, cerca de 24% dizem não saber se os filhos têm amigos virtuais, ao passo que 36% afirmaram que os filhos não possuem amigos na internet. Os próprios informaram sobre os seus amigos virtuais, e 43% dizem não ter nenhum.

Sobre encontros com esses amigos, apenas 7% dos pais disseram que autorizam os filhos, enquanto mãe nenhuma permite. Já uma autorização, mas com inspeção, é feita por 41% dos pais e 30% das mães, enquanto que a proibição total é determinada por 47% dos pais e 69% das mães.

Indagados se encontrariam um amigo virtual, os genitores responderam o seguinte: 33% dos homens e 30% das mulheres, o fariam apenas em local público; 21% dos pais e 11% das mães já realizaram um encontro; enquanto que 41% dos homens e 58% das mulheres nunca o fariam.

Atividades preferidas

A pesquisa levantou os dados a respeito a preferência dos jovens quando acessam a web, e 80% destacaram os sites de relacionamento, enquanto 72% informaram os comunicadores instantâneos.

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Para se ter uma idéia da relevância do mundo virtual, 22% dos jovens afirmaram que ficariam perdidos sem internet, mas imaginam a vida sem ela, ao passo que 26% declararam que a internet é principal meio de diversão e comunicação.

Já entre os pais, 46% usam o e-mail, enquanto que 45% entram na web atrás de notícias e 30% têm preferência pelos sites de relacionamento.

Sobre a pesquisa

Foram entrevistados 875 jovens internautas, dos quais 63,77% do sexo masculino e 36,23%, do feminino. Desses, 2% tinham entre 5 e 9 anos; 44% possuíam de 10 a 15 anos e, a maioria, 54%, tinham entre 16 e 18 anos.

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Por região, São Paulo foi o local com maior número de entrevistados (25%), seguido pela Bahia (18%), Minas Gerais (16%), Rio de Janeiro (7%), Paraná e Rio Grande do Sul, ambos com 5%. Os demais estados somaram uma representatividade de 24%.

Entre os 451 pais de jovens internautas entrevistados, 36% eram de São Paulo, 10% de Minas Gerais, 9% do Rio de Janeiro e também 9% do Paraná. Os demais estados somaram participação de 36%.