Próximo passo: após projeto Gaia, qual é o novo ciclo de investimentos da Irani?

Sergio Ribas, CEO da Irani, e Odivan Cargnin, CFO do grupo, comentaram o resultado do segundo trimestre em live do InfoMoney

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Irani Papel e Embalagem (RANI3) conseguiu entregar mais um bom resultado no segundo trimestre, superando as projeções em praticamente todas as linhas. Analistas apontam que os números só não foram ainda melhores por conta da atual limitação da produção da empresa.

Atualmente, a companhia já está com o Projeto Gaia em andamento, que deve ser concluído em 2023 e aumentará a sua competitividade, mas, segundo o CEO, Sergio Ribas, esse é apenas o primeiro passo para o forte crescimento que a Irani deve ter nos próximos anos.

“Na própria plataforma Gaia nós devemos ter mais dois projetos, mas estamos na fase conceitual ainda. Assim que tivermos uma visão mais clara de escopo e do valor de investimento iremos divulgar para o mercado”, disse o executivo em live do InfoMoney.

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Segundo ele, já está também em fase conceitual o próximo ciclo de investimentos da companhia. “Esse ciclo atual tem um foco em ganhar musculatura, para termos uma margem e uma rentabilidade maior que os concorrentes para uma futura fase de crescimento forte”, explica ele.

“O próximo ciclo visa mesmo a expansão, novas unidades, nova máquina de papel, mas que a gente ainda está na fase conceitual. Esse ciclo agora é voltado para a plataforma atual, investindo em automação e redução dos custos”, diz Ribas.

A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do segundo trimestre de 2021, e falam também sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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A Irani encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 68 milhões, alta de 342% frente igual período de 2020, enquanto o lucro bruto, que inclui a variação do valor justo dos ativos biológicos, saltou 94,7% frente o mesmo trimestre do ano anterior, para R$ 153,7 milhões.

A receita líquida, por sua vez, teve alta de 67% na base anual, a R$ 403 milhões. Segundo a empresa, os ganhos ocorreram graças à alta do preço dos produtos na divisão de embalagem de papelão ondulado, além da taxa de câmbio favorável para as exportações.

ESG

Outro ponto importante da entrevista foi como a companhia está inserida nos conceitos do ESG que estão em moda no mercado financeiro. Segundo Ribas, hoje cerca de 70% dos papéis produzidos pela Irani são reciclados, sendo que o índice da indústria como um todo no Brasil já são altos, na casa de 80%.

Ele citou ainda alguns projetos que a companhia tem também de economia circular para destinação dos resíduos produzidos em sua operação, além da eficiência energética, que deve melhorar com o Gaia.

Odivan Cargnin, CFO da Irani, que também participou da live, ressaltou que a companhia “acredita muito no ESG” e destacou que adotar esses conceitos também trazem retorno econômico e que ele não acredita em alguns mitos sobre impactos financeiros nos negócios por conta de uma estratégia mais voltada para esses ideais.

“Um ESG bem feito, que entenda o conceito, aumenta o retorno do capital investido porque você consome menos água por tonelada de papel, isso reduz custos e melhora o meio ambiente”, cita ele comentando ainda sobre o investimento em pessoas, aumentando a satisfação dos funcionários e a atratividade da empresa.

“O conjunto do ESG é próspero, leva a geração de riqueza, inclusive para os acionistas”, conclui Cargnin.

Na live, os executivos ainda tiraram dúvidas dos investidores, comentaram mais sobre os números da Irani no trimestre, perspectivas e pagamento de dividendos. Assista a entrevista completa no vídeo acima.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.