Proporção de brasileiros abaixo da linha de pobreza caiu para 19% em 2006

De acordo com a FGV, na comparação com 1993, quando o índice era de 35%, houve uma considerável queda

Publicidade

SÃO PAULO – Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a proporção de brasileiros situados abaixo da linha de pobreza caiu de 35% em 1993 para 19% do total da população em 2006 – estimada em quase 190 milhões de pessoas.

O estudo “Miséria, Desigualdade e Política de Renda: O Real do Lula” será divulgado por completo nesta quarta-feira (19). Os dados se baseiam na Pesquisa por Amostra de Domicílios de 2006 (Pnad), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Redução da Miséria

Conforme divulgou a Agência Brasil, o coordenador do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia (órgão da FGV), Marcelo Neri, antecipou alguns resultados em entrevista ao órgão de divulgação do governo.

Planejamento financeiro

Baixe gratuitamente!

“A análise dos microdados da Pnad indicam que, em 2006, houve uma redução da miséria no País de cerca de 15% – maior resultado dos últimos dez anos e que mostra um crescimento da renda domiciliar per capita de 9,16% – próximo dos números chineses”.

As análises da FGV indicam que, do ponto de vista da distribuição de renda, os 50% mais pobres aumentaram a sua participação nas riquezas do País em 12%, enquanto os 10% mais ricos ampliaram em 7,8% no ano passado.

Grau de Desigualdade

Neri diz que até mesmo o Índice de Gini – que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita – que tinha dado uma desacelerada em sua queda em 2005, em relação a 2004, voltou a ampliar o seu processo de queda em 2006.

Continua depois da publicidade

“Como ela vem acompanhada de forte crescimento da economia, gera um resultado mais espetacular na redução da pobreza que em 2004, que foi de 8%; e em 2005, de 10%. Esta combinação de fatores fez com que em 2006 esta redução chegasse aos 15% – o que é bastante favorável em relação aos anos anteriores”.