Procon-SP pede limite de R$ 500 por mês para Pix em meio a golpes e fraudes

Outra proposta apontada foi quanto à possibilidade de fazer estorno de valores em transações realizadas para novas contas bancárias

Mariana Zonta d'Ávila

Ilustração (Pixabay)

Publicidade

SÃO PAULO – O Procon-SP se reuniu na quarta-feira (15) com representantes do Banco Central (BC) para propor um valor máximo de R$ 500 de movimentações no Pix por mês. A proposta vem em meio ao aumento de fraudes no sistema e a ideia é de que o limite seja aplicado até que “hajam mecanismos de segurança suficientes”.

“Nós reconhecemos os benefícios trazidos pelo Pix e entendemos que não se pode travar o avanço tecnológico, mas é preciso que a segurança do consumidor seja garantida”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, em nota à imprensa.

Segundo ele, é dever do fornecedor arcar com eventuais prejuízos decorrentes do serviço prestado e o Procon-SP vai responsabilizar os bancos pelas perdas que o consumidor sofrer com esses golpes.

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Outra proposta apontada pelo diretor ao BC foi quanto à possibilidade de fazer estorno de valores em transações realizadas para novas contas bancárias.

“Na abertura de novas contas, durante pelo menos 30 dias, que seja permitido o estorno e bloqueio da movimentação até que se confirme que se trate de um cliente idôneo e não de um laranja.”

Implementado em novembro de 2020, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo BC já representa 30% do total de transações bancárias, mas também tem sido usado para aplicação de golpes por meio do WhatsApp, sequestros relâmpagos, problemas com QR Code, entre outros.

Continua depois da publicidade

De acordo com o Procon-SP, de janeiro a agosto deste ano foram registradas 2,5 mil reclamações relacionadas ao Pix, sendo que só de julho a agosto foram mil. Os maiores problemas foram sobre devolução de valores e reembolso; SAC sem resposta ou solução; compra e saque não reconhecido; produto ou serviço não contratado; e venda enganosa.

Em agosto, diante de golpes, fraudes e crimes violentos, como sequestro relâmpago, o Banco Central limitou as transações via Pix a R$ 1 mil no período noturno (entre 20h e 6h) e anunciou novas medidas para ampliar a segurança dos usuários. Leia mais aqui.

Cuidados ao usar o PIX

Entre os cuidados recomendados pelo Procon-SP para evitar que o usuário caia em golpes e fraudes, estão o cuidado redobrado para solicitações via WhatsApp, sempre confirmando os dados antes de fazer o pagamento, e evitar clicar em links enviados por e-mail ou SMS ao fazer a transferência.

Também é recomendado manter o celular bloqueado com senha ou biometria, além de deslogar os aplicativos financeiros ao terminar de usar.