Inflação da baixa renda desacelera e fica em 0,17% em fevereiro

Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano, a variação do IPC-C1 é de 6,94%, contra 6,04% da inflação geral, diz FGV

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – Em fevereiro, a inflação medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) desacelerou de 0,98% em janeiro para 0,17% em fevereiro deste ano. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quinta-feira (7), deve-se aos grupos Habitação; Alimentação; Despesas Diversas, Educação, Leitura e Recreação, além de Vestuário.

O percentual apurado no IPC-C1 no segundo mês do ano está abaixo da inflação geral medida pelo IPC-BR, que ficou em 0,33% em fevereiro. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação de 6,94%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 6,04%.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

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Alimentos
Segundo a FGV, entre março de 2012 e fevereiro de 2013, a taxa do grupo Alimentos ficou em 13,95%. O resultado é maior do que o apurado nos últimos 12 meses até janeiro, quando a variação foi de 12,22%. Na apuração mensal, por outro lado, a taxa do grupo passou de 2,48%, registrada no primeiro mês de 2013, para 1,50%, no mês passado, contribuindo para a desaceleração da inflação para esta faixa de renda.

O grupo Habitação (-0,49% para -1,86%) também influenciou o recuo mensal da inflação para esta faixa de consumidores. Assim como Despesas Diversas (4,98% para 0,89%), Educação, Leitura e Recreação (2,31% para 0,64%) e Vestuário (0,10% para -0,41%). Os resultados desses grupos foram impactados, respectivamente, pelos itens: tarifa de eletricidade residencial (de -5,24% para -14,08%), cigarros (9,79% para 1,27%), cursos formais (8,91% para 0,01%) e calçados (de 0,69% para -0,38%).

No caso de Alimentos, a principal influência partiu de hortaliças e legumes, de 21,29% para 10,44%.

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Outros grupos
Em sentido oposto, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,50%), Transportes (0,42% para 0,72%) e Comunicação (0,03% para 0,44%) registraram desaceleração em suas taxas de variação.

As influências partiram, nesta ordem, dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,30% para 0,94%), gasolina (-0,06% para 5,10%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para 0,84%).