Supermercados argentinos terão preços congelados por 60 dias

Na década de 80, Brasil também experimentou a medida

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – As grandes redes de supermercados da vizinha Argentina chegaram a um acordo com o governo local e terão seus preços congelados por 60 dias. A medida inclui vários tipos de produtos, sobretudo aqueles que costumam subir de preços no período de negociação salarial. 

Os trabalhadores do país estariam exigindo ajustes de 25% a 30%, mas o governo local já informou que os reajustes não devem ultrapassar os 20%. De acordo com os analistas do Itaú Unibanco, estimativas preliminares apontam aumento de preços entre 2,3% e 2,9% em janeiro, frente a alta de 1,9% apurada em igual mês do ano anterior. 

Para 2013, espera-se que a inflação na Argentina alcance os 30%, quase 5 pontos percentuais maior do que a verificada no ano passado, de 25,6%. 

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Não deu certo
Segundo os analistas do banco, desde 2007, o governo argentino estabeleceu uma série de acordos de preços para produtos específicos, porém sem muito êxito. 

Na década de 80, a Argentina teria utilizado o mesmo artifício para tentar conter a inflação. No mesmo período, em 1986, no governo Sarney, e mais tarde, durante o Plano Verão, o Brasil também experimentou a medida. Em todos os casos, o congelamento de preços não teria tido muito sucesso.