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O mercado imobiliário brasileiro manteve em agosto o ritmo de valorização observado ao longo do ano, mesmo diante de um cenário econômico de inflação moderada e juros elevados. De acordo com o Índice FipeZAP, os preços de venda de imóveis residenciais subiram 0,50% no mês, ligeiramente abaixo da variação de julho (+0,58%), mas ainda acima dos principais índices de inflação.
Enquanto o IGP-M da FGV avançou 0,36% e o IPCA-15 recuou 0,14%, o preço médio dos imóveis seguiu em alta, indicando que a demanda por habitação continua sustentada, seja por moradia própria, seja por investimento.
Nordeste lidera a valorização
As capitais do Nordeste foram o grande destaque do mês. Fortaleza registrou aumento de 1,31%, Maceió 1,25%, João Pessoa 1,20% e Aracaju 1,15%, ficando com as maiores altas e refletindo um movimento de valorização que vem se consolidando na região. Também chamaram atenção os avanços em Belém, com alta de 1,15% e Porto Alegre com 0,91%.
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Por outro lado, Campo Grande e Brasília destoaram da tendência nacional, apresentando queda nos preços de 0,70% e 0,62% respectivamente.
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Ganhos acumulados
No acumulado de 2025, até agosto, os preços já subiram 4,45%, frente a um IPCA de 3,12% e a um IGP-M negativo de 1,35%. Isso significa que, na prática, os imóveis têm garantido um ganho real para os proprietários, algo que reforça seu papel de proteção patrimonial em períodos de incerteza.
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Nos destaques, a cidade de Vitória lidera a valorização no ano com alta de 15,20%, seguida por Salvador (12,50%) e João Pessoa (11,86%). Nenhuma das 56 cidades monitoradas apresentou queda no período.
Já na comparação de 12 meses, a alta chega a 7,04%, novamente acima da inflação oficial (de 5,10%). Capitais como Vitória (24,36%), Salvador (17,90%) e João Pessoa (16,32%) puxaram o ritmo de crescimento.
Preço médio do metro quadrado
Em agosto, o preço médio de venda no Brasil atingiu R$ 9.423 por metro quadrado. Entre as capitais, Vitória continua no topo (R$ 14.117 por metro quadrado), seguida por Florianópolis (R$ 12.519) e São Paulo (R$ 11.721). Já os valores mais acessíveis por metro quadrado foram encontrados em Aracaju (R$ 5.238) e Teresina (R$ 5.698).
Tendência
Apesar de um ambiente ainda marcado por juros altos, os dados do FipeZAP mostram que os preços dos imóveis seguem resilientes, impulsionados por fatores regionais e pela percepção de segurança desse tipo de ativo. O movimento indica que a valorização tende a permanecer no radar dos investidores e compradores de longo prazo, mesmo em um cenário de desaceleração da economia.