Preço da venda de imóveis residenciais sobe em 2022 e tem maior alta desde 2014

Também foi a 1ª vez em 8 anos que o índice FipeZap ficou acima do IPCA e do IGP-M; Balneário Camboriú (SC) tem o m² mais caro do Brasil

Equipe InfoMoney

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O preço da venda dos imóveis residenciais subiu 6,16% em 2022 e teve a maior alta desde 2014 (6,70%), segundo dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira (11) com base em anúncios no zap imóveis.

Foi também a primeira vez em 8 anos que o índice FipeZap de venda residencial ficou acima da inflação medida tanto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano em 5,79%, quanto pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que subiu 5,45%.

A Fipe diz que 49 das 50 cidades que compõem o índice apresentaram crescimento nominal dos preços no ano passado (sem considerar a inflação), inclusive as 16 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Vitória (+23,23%) e Goiânia (+20,91%). Nas duas maiores cidades do país (São Paulo e Rio de Janeiro), a alta ficou abaixo da inflação: 5,06% e 2,20%, respectivamente.

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Ano Índice FipeZap IPCA (IBGE) IGP-M (FGV)
2009 21,13% 4,31% -1,72%
2010 26,86% 5,91% 11,32%
2011 26,32% 6,50% 5,10%
2012 13,03% 5,84% 7,82%
2013 13,74% 5,91% 5,51%
2014 6,70% 6,41% 3,69%
2015 1,32% 10,67% 10,54%
2016 0,57% 6,29% 7,17%
2017 -0,53% 2,95% -0,52%
2018 -0,21% 3,75% 7,54%
2019 0,00% 4,31% 3,70%
2020 3,67% 4,52% 27,42%
2021 5,29% 10,06% 17,78%
2022 6,16% 5,79% 5,45%

Apesar da alta no acumulado do ano, o preço da venda de imóveis residenciais desacelerou em dezembro (de +0,46% em novembro para +0,30%) e ficou abaixo da inflação (o IPCA subiu 0,62% e o IGP-M, 0,45%).

Preço por metro quadrado

O preço médio de venda dos imóveis residenciais foi de R$ 8.321/m² no mês passado. Considerando as 50 cidades pesquisadas, o metro quadrado mais caro do país é o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina (R$ 11.447/m²), e o mais barato é o de Betim, em Minas Gerais (R$ 3.554/m²).

Entre as 16 capitais, a mais cara é Vitória (R$ 10.481/m²), seguida por São Paulo (R$ 10.196/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.860/m²) e Florianópolis (R$ 9.569/m²). Já as mais baratas são Campo Grande (R$ 5.232/m²), João Pessoa (R$ 5.430/m²) e Salvador (R$ 5.649/m²).

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O Rio tem “apenas” o terceiro metro quadrado mais caro do país entre as capitais (R$ 9.860/m²) e os preços subiram só 2,20% na cidade no ano passado, mas a capital carioca tem os dois bairros mais caros do Brasil: Leblon (R$ 21.920/m²) e Ipanema (R$ 20.480/m²).

O índice FipeZap é desenvolvido pela Fipe e pelo zap (site de venda de imóveis). Ele acompanha a variação do preço médio de apartamentos prontos em 50 cidades, com base em anúncios veiculados na internet.