Plano de saúde sobe 0,66% no IPCA de janeiro, com 1ª parcela de reajuste de 2020

A alta se deve à primeira de 12 parcelas referentes ao reajuste anual de 2020, adiado por causa da pandemia

Estadão Conteúdo

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Os preços dos planos de saúde subiram 0,66% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, numa dinâmica marcada pela covid-19.

A alta se deve à primeira de 12 parcelas referentes ao reajuste anual de 2020, adiado por causa da pandemia. Com a alta, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais avançou 0,32% no IPCA de janeiro.

Segundo o gerente do IPCA no IBGE, Pedro Kislanov, haverá mais pressões inflacionárias do plano de saúde ao longo do ano. Isso porque, além das 12 parcelas referentes ao reajuste de 2020, em meados do ano haverá mais uma elevação, referente ao reajuste anual de 2021, a ser definido pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

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Outra particularidade da pandemia sobre a dinâmica da inflação se dará nos preços associados à educação. Tradicionalmente, o IBGE capta preços de mensalidades escolares em fevereiro, março e agosto, informou Kislanov.

Fevereiro é o mês que costuma ter maior impacto desses preços, já que os reajustes anuais das mensalidades, geralmente, são aplicados no início dos anos letivos.

Só que a pandemia bagunçou essa dinâmica. Com as restrições ao contato social para tentar conter a pandemia, creches, escolas, cursos e universidades passaram para o ensino a distância. Em muitos casos, concederam descontos nas mensalidades por causa disso.

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Com isso, o IPCA de agosto apontou deflação de 3,47% no grupo Educação, puxado por um recuo de 4,38% nos preços médios dos cursos regulares. Diante do comportamento atípico, o IBGE fez uma coleta extraordinária, em dezembro, disse Kislanov. No último mês de 2020, os cursos regulares apresentaram alta de 0,55%, levando o grupo Educação a uma alta 0,48%, já numa época que havia certa retomada das aulas presenciais.

“Agora, além do reajuste anual (em fevereiro de 2021), pode ser que tenhamos também um efeito da retomada das aulas presenciais”, afirmou Kislanov.

Em relação a outros itens que ficam no radar do IPCA de fevereiro, o pesquisador do IBGE lembrou que a conta de luz seguiu com a bandeira amarela neste mês. Assim, o alívio dado no IPCA de janeiro pelo item energia elétrica não deverá se repetir.

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