Economia com horário de verão estendido não vai aliviar conta de luz, diz Aneel

Rufino afirmou que uma eventual prorrogação do horário de verão não precisa ser aprovada pela Aneel

Estadão Conteúdo

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Enquanto o governo estuda estender em um mês o horário de verão para tentar poupar os reservatórios das usinas hidrelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalia que a economia gerada pela medida não ajudará a aliviar a conta de luz dos brasileiros neste ano. Originalmente, o horário diferenciado deveria acabar no próximo dia 22.

“A medida em estudo pelo governo contribui pelo lado da demanda, mas não tem efeito nas tarifas”, disse nesta sexta-feira, 6, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. A agência abriu consultas públicas sobre os processos de reajustes dos valores pagos nas contas de luz: a revisão extraordinária das tarifas de distribuição e o reajuste nos preços das bandeiras tarifárias.

Rufino afirmou que uma eventual prorrogação do horário de verão não precisa ser aprovada pela Aneel, mas disse que contribui com o Ministério de Minas e Energia na formulação dos estudos sobre essa alternativa.

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Ele admitiu que o horário de pico de consumo no Brasil se deslocou do começo da noite para o início da tarde. Em tese, essa mudança no perfil de consumo dos brasileiros leva o horário de verão a perder parte de sua eficiência. “Os estudos que estão sendo feitos é que mostrarão se a medida vale a pena”, disse.

O MME fará uma reunião na próxima quinta-feira (12) para que seja tomada uma decisão sobre o horário de verão. De acordo com registros do ONS, com uma hora a mais de luz natural, a demanda no começo da noite diminui 2.065 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 630 MW no subsistema Sul, correspondendo a uma redução de 4,6% e 5,0%, respectivamente. No ano passado, a adoção do horário especial permitiu economia de R$ 400 milhões.