Pais devem se planejar para negociar matrículas escolares, diz educador financeiro

Se estiver em uma situação de aperto financeiro, jogue aberto com a escola e veja a possibilidade de parcelamento

Juliana Américo Lourenço da Silva

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SÃO PAULO – Com o início do último trimestre do ano, o tema matrícula escolar já começa a ser debatido nas escolas e a demonstrar o impacto que terá nas finanças da família. Por conta dos altos custos e da importância para o futuro dos filhos, o investimento na educação ser muito bem planejado.

Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, o planejamento na hora de definir sobre a matrícula em uma escola deve levar em conta diversos pontos, que vão além das questões geográficas e financeiras, sendo fundamental que se tenha uma análise profunda da instituição que seu filho frequenta ou frequentará, avaliando se essa está realmente preparando ele para a vida adulta.

“Um ponto primordial é saber os diferenciais oferecidos pela escola. Cito, por exemplo, o fato de centenas de escolas já oferecerem em suas grades curriculares conteúdos de educação financeira, o que prepara os jovens para realizar mais sonhos e consumir de forma consciente, o que deve ser priorizado pelos pais”, afirma.

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Mas, além desses diferenciais que devem ser questionados, também existem outros pontos que devem ser levados em conta antes da matrícula.

Os filhos
Antes de qualquer coisa, deve-se conversar com as crianças para saber como elas estão, se gostam de onde estudam e se pretendem continuar lá. Também se deve levar em consideração se consegue pagar a mensalidade e todas as outras despesas envolvidas, como uniforme, lanche, material escolar, eventuais passeios e transporte.
 
Orçamento
Faça um diagnóstico da vida financeira da família e veja qual é a real situação em que se encontram. “Se estiver em uma condição confortável, com dinheiro guardado e as contas planejadas, tudo fica mais fácil”, lembra Domingos.

Agora, se estiver equilibrado financeiramente, não se iluda pensando que está tudo bem, pois basta um passo em falso para se tornar endividado, uma vez que não há reservas.
  
Negociação 
Se estiver nessa situação de aperto financeiro, jogue aberto com a escola e veja a possibilidade de parcelamento, para desafogar o orçamento e evitar dívidas, que podem levar até à inadimplência. Mas, se a situação já for de endividamento, é preciso rever todos os aspectos relacionados à permanência dos filhos no atual colégio.
 
“Caso esteja difícil conciliar os valores, marque uma reunião com o diretor e tente renegociar. Se for importante continuar nessa instituição, tente uma bolsa, pois as instituições costumam oferecer descontos e facilidades para quem precisa e tenta negociar com antecedência”.
 
Se ainda assim não chegar a um valor razoável, é melhor considerar a saída do filho dessa escola e procurar outra que se adeque à real situação financeira da família. Converse e explique o fato, para que não fique não cause traumas ou aborrecimentos desnecessários.
 
O educador lembra que os estudos não podem ser encarados como despesas, e sim como investimento. “Ele será a base para toda a vida dos pequenos e, por isso, deve ser priorizado. Procure, na medida do possível, escolher uma instituição que tenha boa estrutura, bom corpo docente e que ofereça ótimas experiências aos alunos”, explica.