Senado aprova mais direitos para domésticas; custo deve subir 7,22% para empregador

Entre os direitos que foram atribuídos à categoria estão FGTS, jornada semanal de 44 horas e pagamento de hora-extra

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SÃO PAULO – A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) aprovou, nesta quarta-feira (13), a Proposta de Emenda à Constituição 66/2012, originária da PEC 478/2010, que assegura aos empregados domésticos os mesmos direitos garantidos ao demais trabalhadores. Com isso, os gastos para manter uma empregada devem subir 7,22%, por mês.

De acordo com o advogado especialista em Direito Empresarial e Concorrencial, Alexandre de Almeida Gonçalves, os custos mensais passarão de R$ 1.467,76 para R$ 1.573,71, ou seja, uma alta de R$ 105,95. Veja abaixo como ficam as contas com a nova PEC:

Custo Mensal de um Trabalhador Doméstico
Evento Antes da PEC Depois da PEC
Fonte: Alexandre de Almeida Gonçalves
* O cálculo não leva em conta os custos variáveis como hora extra e adicional noturno
Salário médio R$ 1.000 R$ 1.000
Vale-Transporte R$ 130 R$ 130
INSS R$ 120 R$ 120
FGTS sobre todos os ganhos R$ 105,95
INSS sobre 13º salário e férias R$ 23,33 R$ 23,33
Férias R$ 83,33 R$ 83,33
Terço constitucional de férias R$ 27,77 R$ 27,77
13º Salário R$ 83,33 R$ 83,33
Total R$ 1.467,76 R$ 1.573,71

Direitos
O texto aprovado pelo Senado garante o direito ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), jornada semanal de 44 horas – com oito horas diárias de trabalho –, remuneração de serviço noturno superior ao do serviço diurno, remuneração mensal igual ou superior ao salário mínimo, pagamento de hora-extra de, no mínimo, 50% acima da hora normal e proibição de qualquer discriminação em função de sexo, idade, estado civil ou deficiência.

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Antes da PEC, os empregados domésticos já tinham direito a repouso remunerado, de pelo menos um dia por semana, recolhimento do INSS, férias, 13º salário, licença gestante, aposentadoria e aviso prévio em caso de demissão.