Pix pode ser usado para pagar Mega Sena e jogos de loteria, diz BC

BC também deu um período de 6 meses sem multas para as empresas se adaptarem ao sistema

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – O Banco Central (BC) anunciou que o Pix, seu sistema de pagamentos instantâneos, que começou a funcionar na última segunda-feira (16), poderá ser usado para fazer pagamentos em lotéricas.

Com isso, o cliente poderá pagar jogos da Mega Sena, de loteria esportiva, entre outros com o Pix. “A novidade atende à demanda do mercado, que solicitava integração das lotéricas ao Pix, na qualidade de permissionárias da Caixa Econômica Federal”, disse o BC em nota.

Segundo o BC, o Pix deve ser capaz de acomodar todos os tipos de transação de varejo, envolvendo pessoas, empresas e governo. Veja o guia especial do InfoMoney sobre o Pix.

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Inclusive, recentemente, o BC aprovou a extensão do Pix para recolhimento do FGTS e para contas das próprias instituições.

Período para melhorias 

No mesmo comunicado, o BC informou que aprovou um período de seis meses para que as instituições possam fazer ajustes pontuais em suas respectivas plataformas que se conectam ao Pix.

“Embora o Pix esteja funcionando plenamente, algumas acertos pontuais podem ser necessários a fim de melhorar a experiência do usuário. Como esses ajustes são normais para um sistema da complexidade e magnitude do Pix, determinados apontamentos podem não ser configurados como infrações”, alegou o BC.

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No primeiro dia de operação, durante coletiva de imprensa, Roberto Campos Neto, presidente do BC, admitiu que algumas transações não foram finalizadas, mas negou instabilidades no sistema.

“É importante diferenciar o que é instabilidade do sistema e o que são operações que não foram completadas. Não houve nenhuma instabilidade no sistema. Houve um volume de operações que não foram completadas em um banco ou outro e monitoramos isso. Pode ter havido um erro na formatação da chave pelo banco. Quando há um volume grande de operações rejeitadas, entramos em contato com os bancos”, afirmou, em coletiva sobre o Pix.

O chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Angelo Duarte, explicou que instituições maiores poderiam ter tido alguns problemas, mas que tudo havia sido corrigido.

Dados consolidados mostram que foram feitas 5,2 milhões de transações com o Pix nos primeiros três dias de operação, movimentando cerca de R$ 4,6 bilhões. No total, 78,2 milhões de chaves foram cadastradas. 

Desta forma, as instituições estarão isentas de eventual aplicação de multa entre 3 de novembro de 2020 e 15 de maio de 2021 – “desde que a instituição adeque tempestivamente sua atuação e tome as medidas necessárias para evitar reincidência do apontamento”, informou o BC em nota.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.