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Pequenas empresas lideram contratos coletivos de planos de saúde no país

Contratos coletivos empresariais foram a principal forma de acesso à saúde suplementar no país no ano passado, reunindo 71% dos vínculos em planos médico-hospitalares

Vitor Oliveira

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Pequenas empresas, com até quatro beneficiários, dominaram os contratos coletivos de planos de saúde no Brasil em 2024, respondendo por 2 milhões de contratos — o equivalente a 88% do total — e por 6,45 milhões de beneficiários, que representam 17% do total, segundo dados do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

Por outro lado, o estudo mostra que 2,7 mil empresas de grande porte, com mais de mil vidas cobertas, corresponderam a 0,1% dos contratos, mas reuniram 15,1 milhões de pessoas, ou 40,7% da base de beneficiários.

Além disso, os contratos coletivos empresariais foram a principal forma de acesso à saúde suplementar no país no ano passado, reunindo 71% dos vínculos em planos médico-hospitalares, o equivalente a cerca de 37 milhões de beneficiários. 

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O setor de serviços abriga 1,33 milhão de contratantes (57,6% do total) e responde por 20,57 milhões de beneficiários (55%). A indústria, com 203,1 mil empresas (8,8%), cobre 9,54 milhões de beneficiários (25,5%), evidenciando maior densidade de vínculos por contrato.

O comércio aparece com 661,4 mil contratantes (28,6%) e 5,67 milhões de beneficiários (15,2%), enquanto o setor de construção soma 98,2 mil empresas (4,2%) e 1,32 milhão de beneficiários (3,5%). Já o setor agropecuário registra 17,3 mil contratantes (0,8%) e 313 mil beneficiários (0,8%).

“Os serviços asseguram a maior base contratual, mas é na indústria que observamos a maior densidade de beneficiários por empresa, refletindo estruturas mais organizadas de benefícios e ligadas ao emprego formal. Já setores como comércio, construção e agropecuária, fortemente compostos por pequenos empregadores, tendem a apresentar coberturas mais restritas em número de vidas”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

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Segmentos com maior contratação de planos

O estudo detalha os segmentos específicos da economia que concentram o maior número de contratos coletivos empresariais com base na CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica). São eles:

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Essas sete divisões somam aproximadamente metade de todos os contratos empresariais de planos médico-hospitalares no País.

“Atividades como comércio varejista, alimentação e serviços administrativos mostram que os contratos coletivos empresariais estão enraizados no cotidiano dos pequenos negócios do Brasil”, afirma Cechin.

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Segundo o superintendente, a pulverização é positiva para o acesso, mas desafia operadoras e os próprios contratantes para o desenvolvimento de estratégias de cuidado à saúde.

“Quando olhamos que 0,1% das empresas concentram mais de 40% dos beneficiários, é bastante factível pensar em programas de cuidado e promoção à saúde. Por outro lado, 95% dos contratos estão concentrados em empresas de até 19 beneficiários, o que traz muita complexidade nessa frente”, diz.

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