Para entrar no clube do 1% dos EUA, é preciso ganhar US$ 500 mil

A desigualdade está aumentando, mesmo dentro do 1% no topo da pirâmide

Bloomberg

"Shutterstock"

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(Bloomberg) – O “1% mais rico” é símbolo de riqueza e poder graças a um movimento de protesto. Desde que o Occupy Wall Street popularizou o termo quase uma década atrás, a desigualdade aumentou e esse grupo exclusivo ficou mais rico e influente.

No entanto, o 1% no topo cobre uma ampla gama de perfis, de profissionais prósperos a bilionários com mais riqueza do que muitos países. E a dificuldade de fazer parte do grupo varia muito, dependendo de onde você mora.

Para entrar no grupo nos Emirados Árabes Unidos, rico em petróleo, é preciso renda superior a US$ 900 mil, ou 12 vezes mais do que na Índia, um mercado em desenvolvimento tão populoso que o 1% no topo inclui mais de 13 milhões de indivíduos. Em grande parte do mundo desenvolvido, uma renda de US$ 200 mil a US$ 300 mil coloca um indivíduo no clube do 1%.

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Nos EUA, os ricos têm se distanciado da classe média e trabalhadora, cuja renda mal cresceu nas últimas décadas. A desigualdade está aumentando, mesmo dentro do 1% no topo da pirâmide. Embora sejam necessários cerca de US$ 500 mil por ano para entrar no clube do 1% dos EUA, entrar na faixa do 0,1% agora exige renda anual de mais de US$ 2 milhões. O piso para o 0,01% supera US$ 10 milhões.

O que devem

Alguns países fazem grandes esforços para atrair o 1% global e sua riqueza. Cingapura e Mônaco, por exemplo, se transformaram em paraísos fiscais, onde os ricos podem viver e investir sob uma carga tributária e regulatória mais leve. Algumas nações ricas em petróleo e gás também podem se dar ao luxo de não tributar os 1% mais ricos.

Na maior parte do mundo, porém, políticos usam impostos para tentar igualar o jogo entre os ricos e o restante da população. Em muitos países com imposto de renda progressivo, as alíquotas mais altas aplicam-se apenas à parte mais rica do 1%.

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O que gastam

A crescente riqueza do 1% mais rico em todo o mundo provocou uma explosão dos gastos de luxo, especialmente na China. A McKinsey & Co. estima que o gasto em bens pessoais de luxo, como acessórios, joias e relógios, aumentou 47% desde 2012.

Sem dúvida, muitos membros do 1% mais rico têm pouco interesse em bolsas de grife ou moda exclusiva. Habitação, educação e creches são despesas muito mais comuns para esse grupo, e seus custos podem variar muito de país para país.

Um tema comum em todas cidades é uma competição acirrada por escolas internacionais de língua inglesa, de acordo com Gail Rabasca, vice-presidente executiva da consultoria Chamness WorldWide, já que expatriados disputam vagas com crianças locais cujos pais “querem um posicionamento educacional mais competitivo e consciência intercultural para os filhos.”

Os preços dos imóveis de alto padrão nas principais cidades globais aumentaram entre 2010 para 2018, mas o crescimento desacelerou mais recentemente, disse Liam Bailey, chefe global de pesquisa da Knight Frank. O problema é o excesso de oferta e a sensação de que os custos estão inflados demais, disse. “Existem limites para os preços que indivíduos muito ricos estão dispostos a pagar.”

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