Ômicron divide União Europeia sobre plano para simplificar regras de viagens

Dúvida é se as regras para viagens no bloco devem seguir o status de vacinação de uma pessoa ou o número de casos em um determinado país-membro

Bloomberg

Bandeira da União Europeia

Publicidade

A variante ômicron do coronavírus atrapalha os planos da União Europeia de simplificar as regras de viagens do bloco, principalmente porque alguns países começaram a adotar novas restrições unilaterais.

Governos da UE estão divididos sobre um plano para mudar as regras com base no status de vacinação de uma pessoa, e não no número de casos em um determinado país. Alguns estados membros querem adiar a decisão para entender melhor o impacto da nova variante, de acordo com um diplomata a par das conversas. Um dos maiores estados membros da UE sugeriu adiar as discussões até janeiro, disse a autoridade.

A Itália planeja exigir testes de Covid para todos os visitantes a partir de quarta-feira (15), incluindo pessoas vacinadas de outros países da UE, segundo fontes com conhecimento das discussões. A mudança ampliaria o alcance das regras, o que pode atingir ainda mais companhias aéreas e o setor de viagens.

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

De maneira geral, vários países da UE agora pressionam pela exigência de testes de Covid-19 para qualquer pessoa que viaje para o bloco — o que inclui cidadãos da UE —, enquanto vários outros se opõem a uma abordagem tão abrangente, de acordo com o diplomata. O bloco também está dividido sobre como e se remover a proibição de viagens imposta a países do sul da África, onde a disseminação da variante foi identificada pela primeira vez.

No mês passado, justo quando a nova variante foi detectada, a Comissão Europeia propôs tornar as viagens totalmente dependentes do status do viajante a partir de 1º de março. Segundo esse plano, pessoas vacinadas de qualquer país seriam autorizadas a entrar na UE.

Indivíduos com uma vacina aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não reconhecida pelo regulador de medicamentos da Europa teriam que mostrar comprovante de um teste de PCR negativo como proteção adicional.

Continua depois da publicidade

A divisão coincide com a cúpula de líderes da UE nesta semana em Bruxelas, que deve abordar a evolução da Covid-19 e da variante ômicron. “A coordenação de nossas medidas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis, é crítica, nomeadamente para preservar a mobilidade”, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em carta nesta terça-feira (14) convidando líderes da UE para a cúpula.

Líderes da UE devem pressionar por mais urgência nas campanhas de reforço, incluindo o incentivo para um intervalo mais curto entre as doses, segundo um diplomata da UE.

Alguns estados membros querem ver mais dados científicos sobre a nova cepa antes de tomar uma decisão sobre as propostas, disse o diplomata, embora permaneçam divididos sobre quais medidas tomar.

Vários governos também se opuseram às tentativas da Comissão Europeia de agilizar os formulários de localização de passageiros usados pelo bloco para rastrear visitantes, citando questões de privacidade de dados, disse o diplomata.

Apesar das diferenças, os estados membros devem apoiar a proposta da UE de limitar a validade dos certificados de vacinas da Covid-19 a nove meses para viagens com o objetivo de incentivar o uso de doses de reforço, acrescentou a autoridade.

Quer sair da poupança, mas não sabe por onde começar? Esta aula gratuita com a sócia da XP mostra como fazer seu dinheiro render mais, sem precisar assumir mais riscos.