Ômicron deve infectar mais da metade da Europa em 6 a 8 semanas, estima diretor da OMS

Continente registrou mais de 7 milhões de novos casos da doença na primeira semana de 2022, mais que o dobro do número notificado no período de duas semanas

Agência Brasil

Profissional de saúde mostra teste para Covid-19 (Pixabay)

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Mais da metade da população europeia deve ser infectada pela variante ômicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas, disse, nesta terça-feira (11), o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente.

A Europa registrou mais de 7 milhões de novos casos de Covid-19 na primeira semana de 2022, mais que o dobro do número notificado no período de duas semanas, disse Hans Kluge, em entrevista.

“Nesse ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde prevê que mais de 50% da população da região serão infectados com a nova cepa nas próximas seis a oito semanas”, afirmou Kluge.

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Covid-19 ao redor do mundo

A variante ômicron, detectada pela primeira vez na África do Sul em novembro, tem sido o “motor” mundial da nova onda de infecções devido à sua maior transmissibilidade.

O Brasil registrou, na última quinta (6), a primeira morte oficial pela nova variante. A vítima, de 68 anos, estava internada em uma unidade hospitalar na cidade de Aparecida de Goiânia.

A Argentina, por exemplo, bateu recorde de casos de Covid com 109 mil infecções em um único dia na semana passada. A contagem recorde de 109.608 no meio da temporada de férias de verão, com centros turísticos cheios de viajantes, contudo, não se traduziu em um aumento exponencial semelhante nas mortes relacionadas à Covid, que totalizaram 40, segundo o governo.

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Já os Estados Unidos registraram 1 milhão de novos casos de Covid-19 na segunda-feira (3), um recorde mundial e a primeira vez que um país atinge a marca em um único dia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

A onda atual, no entanto, não parece estar associada a um aumento de mortes, o que pode estar relacionado com elevadas taxas de vacinação verificadas em muitos países afetados pela ômicron.

Com informações da Reuters