Ofertas secundárias de ações saltam 1.500% em 2019; renda fixa perde espaço

IPOs e fundos imobiliários aumentam participação nas emissões domésticas, segundo relatório da Anbima

Paula Zogbi

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – De R$ 4,5 bilhões em 2018, o valor movimentado pelas ofertas subsequentes de ações no mercado brasileiro saltou mais de 1.500% em 2019 para R$ 79,9 bilhões. Foram 37 negócios ao longo dos 12 meses do ano, ante três no período anterior. Os dados são do Boletim de Mercado de Capitais da Anbima, referente ao consolidado do ano passado.

O volume referente às ofertas iniciais (IPOs) passou de R$ 6,8 bilhões para R$ 10,2 bilhões, um aumento de 51,7%. Este aumento não se refletiu no número de operações, que aumentou apenas de três para cinco negócios em 2019.

No total, portanto, a B3 passou de R$ 90 bilhões em emissões de ações no ano. O número é recorde, desconsiderando 2010, quando a megacapitalização de R$ 120 bilhões da Petrobras distorceu os resultados. Antes disso, o maior volume havia sido em 2007: R$ 70 bilhões.

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Renda fixa perde a força

No total, as emissões domésticas no mercado de capitais somaram R$ 396,1 bilhões em 2019, o que corresponde a um aumento de 59,3% em relação ao ano anterior. Os ativos de renda fixa perderam espaço, de 89,1% para 68,2%. As ações saltaram de 4,5% para 22,8% e os fundos imobiliários, que registraram elevação de 6,3% para 9,0%.

A própria Anbima credita a queda da renda fixa e o aumento da renda variável à redução de 200 pontos base da Taxa Selic em 2019, o que induziu uma realocação dos recursos para o mercado acionário ao longo do ano.

Exterior

As emissões no exterior somaram US$ 25,4 bilhões, ou R$102,13 bilhões. Segundo a Anbima, 95% das emissões no exterior foram com títulos de dívida. As maiores captações do ano foram de uma emissão soberana de títulos do governo brasileiro e outra, também de renda fixa, da Petrobrás, ambas no valor de U$$ 3,0 bilhões.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney