Ocupação de UTIs para Covid-19 fica pela 1ª vez fora da zona de alerta em todos os estados

Indicadores e as taxas de ocupação de leitos vão sinalizando esperança sobre a aproximação do fim da pandemia, dizem pesquisadores da Fiocruz

Reuters

Profissional de saúde cuida de paciente entubada com Covid-19 (REUTERS/Amanda Perobelli)

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Pela primeira vez desde que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou o monitoramento da ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTIs) para Covid-19 no Brasil, todas os estados estão fora da zona de alerta, com ocupação inferior a 60%, de acordo com boletim da fundação divulgado nesta sexta-feira (25).

O monitoramento dos leitos de UTI para Covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS) foi iniciado pela Fiocruz em julho de 2020 e, desde então, em todas as semanas epidemiológicas ao menos um estado ou o Distrito Federal estava com nível de alerta, no mínimo, no patamar médio. Os dados divulgados pelo Observatório se referem às 10ª e 11ª semanas epidemiológicas deste ano, no período entre 6 e 19 de março.

“Os indicadores epidemiológicos e as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 vão sinalizando esperança sobre a aproximação do fim da pandemia, embora ainda seja necessário o princípio da precaução no sentido da prevenção e detecção rápida de quaisquer reveses ainda possíveis”, afirmaram os pesquisadores da Fiocruz no boletim.

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“O cenário atual é resultado do avanço na vacinação, com 82% da população com a primeira dose; 74% com o esquema de vacinação completo; e 34% com a dose de reforço. Porém, este avanço precisa ser ampliado e acelerado para que se reflita em maior velocidade na queda das internações e óbitos”, acrescentaram.

Segundo os dados coletados pela Fiocruz, Sergipe é o estado com maior taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19, com 59%. Na outra ponta, o Amazonas, um dos estados mais duramente afetados no momento mais crítico da pandemia no Brasil, tinha ocupação de 6%.

Os pesquisadores da Fiocruz disseram ainda que, no período pesquisado, foi mantida a tendência de queda nas taxas de mortalidade e incidência de Covid-19 no país, embora em uma velocidade menor.

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“Essa redução pode apontar para um período de estabilidade da transmissão nas próximas semanas, com taxas ainda altas de incidência e mortalidade”, disseram os pesquisadores.

“A ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e as internações.”

Em um momento em que a maioria dos governo estaduais e municipais tem revogado a obrigatoriedade do uso de máscaras, incluindo em ambientes fechados, os pesquisadores da Fiocruz recomendaram a manutenção do uso da proteção facial em alguns casos.

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“Os indicadores epidemiológicos, de ocupação de leitos de UTI Covid-19 e vacinação sinalizam para uma situação bastante promissora. Porém, tendo como base o princípio da precaução, no sentido da prevenção, o Observatório Covid-19 Fiocruz considera prudente a manutenção do uso de máscaras para determinados ambientes fechados, com grande concentração de pessoas (o que inclui os transportes coletivos), ou mesmo abertos em que há aglomerações.”

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