“O motor do Nordeste é o crédito acessível e baixo estoque”, diz CEO da Moura Dubeux

Executivos da incorporadora participaram de live do InfoMoney e falaram sobre o balanço do primeiro trimestre e perspectivas

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Após registrar seu melhor primeiro trimestre em seis anos, a Moura Dubeux (MDNE3), incorporadora com foco no Nordeste do país, está confiante com a sustentabilidade de seu crescimento em 2021. Em live do InfoMoney na segunda-feira (17), o CEO da companhia, Diego Villar, reforçou que a demanda por habitação é maior do que a oferta, e que a região oferece muitas oportunidades.

“O grande motor do Nordeste no atual momento é o crédito acessível mais o baixo estoque”, disse. “Quando a taxa de juros imobiliários saiu de 10% para 7% ao ano, esses três pontos percentuais de redução reenquadraram nas praças de Recife, Salvador e Fortaleza aproximadamente 200 mil famílias [no mercado imobiliário]. Isso é muito mais famílias do que aquelas que perderam renda e acabaram sendo desenquadradas por causa da crise de saúde”, afirmou Villar.

A entrevista foi uma live especial do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do primeiro trimestre de 2021, e falam também sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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Segundo o executivo, a companhia por ora não tem intenção de deixar a região Nordeste: “a estratégia é crescer na região, mantendo nosso padrão de qualidade”. Villar destacou que a redução dos juros aumentou a demanda por moradia, que supera a oferta atual do mercado.

A confortável posição de caixa da empresa, segundo o CEO, é um ponto positivo: o caixa atual supera as dívidas em R$ 9 milhões. O nível de inadimplência e distratos, destacou Villar, também está historicamente baixo, apesar do momento econômico atual do país estar mais conturbado.

Marcello Dubeux, CFO e diretor de relações com investidores da incorporadora, lembrou que a Moura Dubeux fez seu IPO em fevereiro de 2020, poucos dias antes de ser declarada a pandemia de coronavírus, que derrubou as Bolsas no mundo todo no mês seguinte. Por esse motivo, as cotações do papel, segundo ele, não refletem com justiça os bons fundamentos da empresa.

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“Anunciamos em abril um programa de recompra de ações. Não é um programa agressivo, é até pequeno. Nos próximos meses a gente pode avançar ou não dentro do que a gente colocou, de recompra de 10% das ações em circulação. Eventualmente vamos deixá-las em tesouraria, se comprarmos. Não vamos cancelar os papéis. É para dar uma sinalização de que o preço não reflete os atuais fundamentos. Lá na frente, podemos usar essas ações para recompor o caixa, que é tão importante para a companhia. Lembrando que esta é uma empresa que está num ciclo muito forte de crescimento e o caixa é importante por causa disso”, disse.

Os executivos comentaram ainda sobre possibilidade de fusões e aquisições, sobre o estoque de R$ 4 bilhões em terrenos, sobre funding para os lançamentos programados, sobre o custo maior de materiais de construção e como isso afeta as operações da companhia, sobre os 28 projetos em andamento (e mais 4 em vias de começar), entre outras coisas. Assista à live completa acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.